Home Futebol Itaquerinha: o reduto dos “maloqueiros”

Itaquerinha: o reduto dos “maloqueiros”

Em São Paulo, o bairro de Itaquera ganhou um empreendimento que ultrapassou a própria localidade, ficou acima e ganhou o apelido de Itaquerão, que é a Arena Corinthians, estádio oficial do Timão. Mas esse amor que ultrapassa estados chegou em Santa Catarina, Brusque e Guabiruba tem o Itaquerinha, um bar, no início de Guabiruba, é o reduto dos corintianos das duas cidades. O local é simples, mas cheio de paixão: bandeiras, flâmulas, uma escultura de um gavião e só se pode falar em “corintia”.

por Sidney Silva
0

Há amores que são incompreendidos, mas há um que sempre há compreensão: o futebol. Ele transcende. Em São Paulo, o bairro de Itaquera ganhou um empreendimento que ultrapassou a própria localidade, ficou acima e ganhou o apelido de Itaquerão, que é a Arena Corinthians, estádio oficial do Timão.

Mas esse amor que ultrapassa estados chegou em Santa Catarina, Brusque e Guabiruba tem o Itaquerinha, um bar, no início de Guabiruba, é o reduto dos corintianos das duas cidades. O local é simples, mas cheio de paixão: bandeiras, flâmulas, uma escultura de um gavião e só se pode falar em “corintia”.

O dono, Vagner Lofhagen, o Vagão, como é chamado, honra o apelido com a altura e o porte físico. Ele tenta ficar atento ao jogo. Entre uma cerveja e outra que alguém pede no balcão se esforça para prestar atenção.  Conhece todos que frequentam o recinto, cerca de 30 pessoas, na noite de quarta-feira (22), eles estiveram reunidos no clássico com o Palmeiras.  

Os torcedores atentos aos lances assistem ao jogo pela televisão como se estivessem no estádio: xingamentos, discussão  e gritos da torcida no estádio. O espaço é pequeno, no fundo da casa de Vagão, um lugar adaptado, chão de concreto e algumas mesas e cadeiras. “Não sei como coube 100 pessoas aqui,” comenta, emocionado, ao lembrar do jogo contra o Boca Juniors em 2012.

Itaquerinha é um lugar de paixões e cercado de histórias, Wagner Suave, o Wagnão, sabe todas. Fala dos amigos que sempre se divergem. “O Célio e o Patinha sempre brigam, o jogo pode estar 10 a 0 que eles vão estar brigando,” briga saudável que acaba com o apito do árbitro. Cita, ainda, a relação pouco amorosa de outro amigo, João Batista, com o Flamengo. “Na casa dele, Flamengo não entra.” Ao ouvir a conversa Batista complementa. “Nem em jogo Corinthians e Flamengo eu vejo. Na minha casa Flamengo não entra,” enfatiza.

Em um reduto de “maloqueiros,” como se denominam, torcer para qualquer outro time pode aumentar as “paixões”, entre uma foto e outra a pergunta inconveniente por parte do expeditor Marcelo Lima. “ – Que time você torce?”. Uma negativa no fato de não ser corintiano vem com um sorriso e uma colocação. “ – Um corintiano conhece o outro, tudo maloqueiro,” diz contente.A pequena Itaquera de Brusque e Guabiruba não terá o coração dividido no confronto histórico desta quarta-feira (1), Brusque x Corinthians, já que ali é “coríntia”.