A história de um time amador que, reforçado para abafar uma greve de mineiros de carvão, acabou se tornando uma lenda do futebol brasileiro. O livro Histórias que a bola esqueceu – a incrível trajetória do E. C. Metropol e de sua torcida (Carbo Editora), do chargista e roteirista Zé Dassilva, resgata a saga deste clube que surgiu na década de 1960, em Criciúma, no sul de Santa Catarina, na época uma cidade de apenas 60 mil habitantes, e vai até a Europa, em uma das maiores excursões de um time brasileiro pelo exterior. A obra chega à sua terceira edição, ampliada e revisada, com prefácios de Ruy Castro e Juca Kfouri.
“O Metropol gerou uma paixão coletiva que ficou acima dos conflitos trabalhistas, mudando a vida da cidade e contagiando outras torcidas de Santa Catarina”, considera Zé Dassilva. Em pouco menos de 10 anos, o clube alviverde foi cinco vezes campeão catarinense, venceu a Chave Sul da Taça Brasil por duas vezes, revelou jogadores para grandes times e ainda teria aplicado uma maldição de 20 anos sobre o Botafogo. Mais do que vitórias em campo, o time dos mineiros inaugurou uma era de profissionalismo no futebol, com práticas que ainda demorariam a ser adotadas por outros clubes do país.
Histórias que a bola esqueceu – a incrível trajetória do E. C. Metropol e de sua torcida tem um rico acervo de fotos e depoimentos da época gloriosa do Metropol, além da relação completa de ex-atletas, dirigentes e partidas disputadas. “Zé Dassilva investigou a saga do Metropol como se deve fazer: ouviu os protagonistas e coadjuvantes da história, alinhou as informações numa narrativa ágil e colorida e produziu um livro vivo, que respira com facilidade fora do contexto do futebol”, afirma o escritor Ruy Castro no prefácio.
Sobre o autor
Natural de Criciúma, Zé Dassilva é autor, roteirista e chargista do Diário Catarinense desde 1998. Graduado em Jornalismo pela UFSC, com pós-graduação em cinema-documentário pela FGV/RJ. Escreveu séries e novelas que marcaram época na TV brasileira, como “Linha Direta”, “Sai de Baixo”, “Sob Nova Direção”, “Casseta & Planeta”, “Malhação” e “Império”, de Aguinaldo Silva, vencedora do Emmy International como melhor telenovela mundial em 2015. Para o SporTV, produziu charges animadas e codirigiu o documentário “As Donas da Bola” (2006). Participou em outros livros como ilustrador (incluindo “A Ponte Sumiu!”, de Carlos Stegemann, 2010) e lançou, em 2010, o “Almanaque do Futebol Catarinense”, escrito com Emerson Gasperin. Em 2014, produziu a obra bilíngue “The Yellow Book” (Toriba Editora), livro oficial dos 100 anos da Seleção Brasileira. Em 2021, recebeu o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Direitos Humanos e Anistia na categoria Arte, com charge publicada no Diário Catarinense. Mora no Rio de Janeiro desde 2000, mas torce pelo Criciúma Esporte Clube – e só pelo Criciúma!