Dona da melhor campanha de toda a competição, a Abresc/JK Motos confirmou neste sábado, diante um grande público, a conquista de mais uma taça do futebol amador de Brusque. Em um jogo nervoso, a equipe venceu a Cia do Esporte nos pênaltis para levar pra casa a Taça Vidraçaria Azaléia. No tempo normal, os times empataram em 1 a 1, gol de Juninho, para a Abresc, e de Rafa, para a Cia. Já nos pênaltis, a Cia foi muito mal, desperdiçou três cobranças e viu a Abresc fazer a festa diante sua torcida com o placar de 3 a 0. “Só tenho a agradecer o grupo. Contra o Santos Dumont, na Abresc, a gente viu o título indo embora, e hoje a gente veio para ganhar”, celebrou o técnico Elso Silvano, que reclamou bastante de um pênalti, em lance polêmico não marcado para a Abresc, já nos acréscimos da partida. “Achei que foi pênalti e falei isso para o árbitro ao fim da partida. Mas foi um grande jogo, do outro lado tem uma grande equipe, mas a Abresc merece. É um time grande, chegamos duas vezes consecutivas na final e não podíamos novamente ser vice”.
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O treinador também enalteceu grupo campeão. “Quando se tem um grupo, a gente chega, e esse ano eu tinha um grupo muito bom, por isso chegamos ao resultado esperado”.
O jogo
O susto nas semifinais contra o Santos Dumont pareceu ligar o sinal de alerta na Abresc que iniciou o jogo pressionado o bom time da Cia do Esporte. A equipe do bairro Águas Claras tinha mais posse de bola e jogava mais no campo adversário, que tinha muita dificuldade para chegar à meta do goleiro Luciano. Mesmo assim os times criavam pouco até que, aos 37 minutos, após jogada pelo lado direito de campo, Juninho, um dos destaques da equipe na competição, apareceu entre a zaga da Cia do Esporte para testar para as redes: 1 a 0 Abresc. Aos 41, na única finalização perigosa da Cia do Esporte no primeiro tempo, o ataque desperdiçou chance clara, mandando para fora.
Etapa final
No segundo tempo, o técnico Juliano Batista resolveu apostar numa equipe mais ofensiva tirando um homem de contenção para botar mais um atacante. A mudança surtiu efeito, já que a equipe passou a jogar no campo adversário e ter mais espaços no ataque. Apesar disso, o setor de criação pouco funcionava, o que fazia de ambos os goleiros meros espectadores da partida.
O jogo só passou a pegar fogo mesmo a partir dos 25 minutos, quando as equipes se abriram em busca do gol. A Abresc lutava para liquidar a fatura e teve uma grande chance com Sutil. Sozinho, ele chutou para fora. Até o fim do tempo regulamentar o atleta ainda desperdiçaria outras duas boas oportunidades. Já a Cia do Esporte teve uma grande chance aos 28 minutos, mas que foi desperdiçada por Léo Breno, que podia finalizar com o goleiro Luciano já batido, mas optou pelo passe dentro da área. A bola foi afastada pela zaga. Pouco depois, no entanto, o time chegou ao empate após lance de bola parada. Em cobrança de escanteio, a bola foi cabeceada, Luciano fez a defesa, mas soltou nos pés de Oda, que só teve o trabalho de mandar paras as redes: 1 a 1.
Com o empate, o jogo ficou emocionante, mas foi a Abresc que teve as principais oportunidades de liquidar a fatura ainda dentro dos 90 minutos. O time encontrava espaços e chegava fácil ao gol adversário, mas pecava na finalização final. Empilhando oportunidades, a equipe não mostrou eficiência e permitiu que o jogo fosse decidido nos pênaltis, após muita reclamação de um lance em que Edgar pareceu ser derrubado pela zaga adversária, já aos 46 minutos. De frente para o lance, o árbitro Edson da Silva nada marcou.
Penalidades
Nos pênaltis, a aflição tomou conta de jogadores e também das duas torcidas. A da Abresc, em maior número, tentava desequilibrar os jogadores adversários e a pressão parece ter surtido efeito. Nos tiros livres, a Cia do Esporte foi muito mal e permitiu o título da Abresc, que já havia levantado o caneco em 2013. Para a Cia, restou novamente o vice-campeonato, assim como em 2015, quando a equipe perdeu para o Santos Dumont. Ao fim, a Abresc venceu o adversário por 3 a 0, e o pênalti desperdiçado por Jeffinho, escolhido o melhor jogador em campo, nem fez falta para o novo campeão, já que Romário e Ijuí, da Cia do Esporte, chutaram para fora, enquanto o chute de Léo Breno parou no goleiro Luciano.
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Fotos: Sidney Silva/EsporteSC
