Home Vale do Itajaí Ano de desafios: Com caixa enxuto, Moda Brusque estreia nesta sexta (21) na Superliga B

Ano de desafios: Com caixa enxuto, Moda Brusque estreia nesta sexta (21) na Superliga B

Sucesso nas quadras, time precisa de apoio e projeção financeira para seguir com sonho de chegar à elite

por Redação
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Após um 2021 avassalador, o Moda Brusque Vôlei, equipe feminina de voleibol que encantou a cidade dentro das quadras, projeta uma temporada bastante desafiadora, em todos os sentidos. Após ser campeão de tudo o que disputou em seu ano de fundação, o time agora tem pela frente a Superliga B, competição mais importante da história da agremiação desportiva. O torneio tem início já nesta sexta, 21 de janeiro, quando as brusquenses enfrentam o Minas Náutico, em Belo Horizonte (MG).

Todavia, a empolgação de jogar a competição nacional anda lado a lado com a apreensão de poder honrar os compromissos financeiros advindos da gestão de uma equipe profissional. Além disso, sucessivas baixas no plantel – muitas delas decorrentes de transferências para outras equipes, fruto do sucesso obtido na temporada passada – trazem mais uma dor de cabeça para a aguerrida diretoria do Moda Brusque.

“As jogadoras acabaram recebendo propostas de outros clubes, inclusive de fora do país, e a gente não conseguiu segurá-las neste momento”, explica o técnico Maurício Thomas. “No início do projeto estávamos muito mais vendendo uma ideia. Muitas jogadoras estavam querendo voltar para o mercado. E com o trabalho conseguiram chegar em um nível que acabou gerando o interesse dessas equipes. Acabamos perdendo várias jogadoras e é muito difícil repor dentro do orçamento que nós temos”.

Equipe ganhou tudo o que disputou no ano de 2021

Dificuldades

E por falar em finanças, a situação do Moda Brusque neste início de 2022 é, no mínimo, preocupante. O projeto, construído de forma modesta, acabou rendendo frutos além do esperado. O valor recebido pela equipe através das cotas de patrocínio já não é mais suficiente para suprir as necessidades da equipe na temporada que está prestes a começar, sobretudo por conta de viagens, hospedagens e custos relativos às competições que serão disputadas.

“A gente teve que reduzir o salário de algumas jogadoras. Hoje temos um time mais jovem. A proposta que nós damos é de servir como uma vitrine, pois não temos como competir com o mercado”, complementa o treinador multicampeão. “A gente sabe que o nosso objetivo é se manter na Superliga B. Foi muito difícil conseguir a vaga, mas se manter é mais difícil ainda. A gente tem recebido bastante ‘não’ das empresas que nós procuramos. Infelizmente não estamos conseguindo parceiros para este momento tão importante (…) está sendo muito difícil fazermos as empresas entenderem como elas podem se beneficiar deste apoio como forma de divulgar sua marca”, lamenta.

Principais saídas

Ao fim da temporada 2021, o elenco do Moda Brusque Vôlei deixou de contar com a experiência da central Ednéia e da ponta/oposto Juliana Nogueira, ambas com passagens por grandes clubes do país. O mesmo ocorreu com a ponta Pully, que foi jogar fora do Brasil; com a oposto Lívia, contratada pelo Bradesco; e com a ponta Flavinha, contratada por um time da Tunísia. 

“Nós estamos precisando de ajuda, de patrocínio, de dinheiro para viagem e hotel. Algumas atletas vão acabar não indo para as viagens. Vamos com um grupo de 12 pessoas, com as passagens sendo oferecidas pela confederação. Todas as jogadoras tem esse sonho de estar participando, mas não vão conseguir por falta de recursos financeiros. Eu preciso de uma comissão técnica completa, e eu não tenho. Isso sem dinheiro a gente não faz. Então precisamos mobilizar as empresas a doarem e a patrocinarem”

Maurício Thomas, técnico do Moda Brusque Vôlei

Plantel contou com importantes baixas no fim da temporada passada

Renúncia Fiscal

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo Moda Brusque na hora de captar recursos é convencer empresários e profissionais liberais a realizarem doações através do imposto de renda. A maior justificativa se dá por uma suposta dificuldade de se realizar o processo. Na visão de Maurício, porém, o método é simplesmente resolvido por qualquer contador na hora da declaração. “É um dinheiro que deixa de ir pro governo e fica aqui na cidade. Não podemos pagar atletas com ele, mas podemos pagar a comissão técnica”, finaliza.

O caminho do Moda Brusque na 1ª Fase da Superliga B

21 de janeiro – 21h30  – Minas Náutico x Moda Brusque – Belo Horizonte – Arena Minas

28 de janeiro – 16h – Sesc Flamengo x Moda Brusque – Rio de Janeiro – Togo Renan Soares

4 de fevereiro – 19h30 – Moda Brusque x Bluvolei – Brusque – Arena Brusque

8 de fevereiro – 19h – Sesi SP x Moda Brusque – Bauru – Sesi Bauru

11 de fevereiro – 19h30 – Moda Brusque x Agee Atacadão São Carlos – Brusque – Arena Brusque

18 de fevereiro – 19h – Sada/Tambasa/Argos x Moda Brusque – Contagem – Riacho

4 de março – 19h30 – Moda Brusque x Energis 8/São Caetano – Brusque – Arena Brusque

11 de março – 19h30 – Moda Brusque x Feac/RB Sports/Franca – Brusque – Arena Brusque

18 de março – 19h – Bradesco Esportes x Moda Brusque – Osasco – Bradesco