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Atletas da Atribrusque participam do meio Ironman neste sábado

Um dos eventos mais importantes do triatlo brasileiro acontece neste sábado (27), com participação da Atribrusque. O meio Ironman vai reunir cerca de 1300 competidores em uma corrida desafiadora para o corpo humano. Serão 90 quilômetros de ciclismo, 21 de corrida e mais 1,9 de natação, em Foz do Iguaçu (PR). Além de todo o prestígio, o torneio ainda da vaga no mundial da categoria, que acontece no ano que vem, nos Estados Unidos.

por Sidney Silva
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Um dos eventos mais importantes do triatlo brasileiro acontece neste sábado (27), com participação da Atribrusque. O meio Ironman vai reunir cerca de 1300 competidores em uma corrida desafiadora para o corpo humano. Serão 90 quilômetros de ciclismo, 21 de corrida e mais 1,9 de natação, em Foz do Iguaçu (PR). Além de todo o prestígio, o torneio ainda dá vaga no mundial da categoria, que acontece no ano que vem, nos Estados Unidos.

O evento, na verdade, é considerado brasileiro e paraguaio, pois a corrida cruza a fronteira entre essas nações. Porém, não são apenas os competidores destes países que participam. Muitos chilenos, uruguaios e argentinos também se aventuram nesta empreitada. Triatletas da Europa e dos Estados Unidos também costumam comparecer, embora em número bem inferior aos sul-americanos.

A Atribrusque estará presente no evento com dois atletas, Charles Albani Dadam, na categoria de 50 a 54 anos, e Paulo Ricardo Soares Santos, que compete entre os triatletas de 55 e 59 anos. “O nome oficial do evento é Ironman 70,3. Este número significa a soma das distâncias percorridas na prova, em milhas. Porém, a competição ficou popularmente conhecida como meio Ironman”, explica o competidor da Atribrusque, Charles Albani Dadam.

Dos cerca de 1300 competidores que estarão em Foz do Iguaçu, apenas 40 garantirão vaga no mundial dos Estados Unidos. “Cada categoria tem uma cota. Na minha serão três vagas e a expectativa é de que 40 atletas briguem por elas. Na categoria do Paulo são apenas duas vagas, mas apenas cerca de 15 triatletas competindo. Pelo nível do Paulo, ele tem boas chances de garantir a classificação”, comenta Dadam.

O triatleta já participou de seis Ironmans e seis meio Ironmans. “Já fui segundo e terceiro no meio. Esses resultados me garantiram ambas as vezes no mundial. Porém, como estes eventos foram disputados em locais onde já competi acabei não indo. Desta vez, se eu conseguir a vaga, a intensão é participar do mundial. O evento acontecerá no tennessee”. Dadam também ressalta que, neste sábado, tem o objetivo de ficar pelo menos entre os cinco melhores da sua categoria.

O atleta da Atribrusque é dentista e tem 54 anos. “Comecei praticando atletismo e depois fui praticando também as outras modalidades do triatlo. Faço triatlo há 15 anos”. Para manter a forma e conquistar o objetivo de ficar entre os melhores de sua categoria, Dadam treina de duas horas e meia a três horas por dia. “De segunda a sexta-feira é treinamento indoor, normalmente. No fim de semana costumamos tirar um dia para descansar e no outro fazemos treinamento outdoor”.

Dadam destaca que o nível da competição é muito alto e a concorrência pelas primeiras colocações é forte. “Além de tudo, o solo em que vamos correr tem bastante desnível e isso dificulta muito para a meia maratona e para o ciclismo. Portanto, sabendo de todas essas dificuldades, meu objetivo é terminar a prova em cerca de cinco horas”.

Já o médico Paulo Ricardo Soares Santos tem o objetivo de terminar a prova em cinco horas e meia. “Na minha categoria esse tempo deve ser o suficiente para me colocar entre os dois melhores e garantir vaga no mundial dos Estados Unidos”, avalia. O triatleta já fez o meio Ironman em cinco horas e doze minutos, na Argentina. “Mas em Foz do Iguaçu vai ser mais difícil devido às condições do local, o solo, o vento e outras coisas”.

Santos sempre praticou esportes durante a sua vida e entrou no mundo do triatlo em 2009. Desde então participou de vários Ironmans e meio Irons. “Estou sempre entre os dez melhores da minha categoria, já consegui ficar entre os cinco também. Porém, desta vez, quero ficar entre os dois melhores pelo menos”. Para alcançar o objetivo a rotina de treinamentos é pesada. “No mínimo duas horas e meia por dia de segunda a sábado e nesta reta final antes da competição o domingo também é de treino”.

O médico comenta as dificuldades de ser atleta e ainda exercer a sua profissão. “Sempre damos um jeito de treinar. Agora tenho duas gestantes que podem entrar em trabalho de parto a qualquer momento. Já deixei uma colega minha de plantão caso algo aconteça enquanto eu estiver fora para participar do meio Ironman”.