Em uma tarde que tinha tudo para ser de festa para o torcedor brusquense, o Brusque perdeu em casa para o Amazonas e acabou com o vice-campeonato do Brasileiro da Série C.
Mesmo com apoio da torcida e após sair em vantagem ainda no início do jogo, o Quadricolor não conseguiu segurar o Amazonas, levou a virada, e amargou o segundo lugar da competição.
A partida, disputada neste domingo (22) acabou em 2 a 1 para os visitantes. Após Guilherme Queiróz abrir o placar em cobrança de pênalti, aos 10 minutos, Diego Torres, aos 45 do primeiro tempo, e Sassá, aos 10 da etapa final, viraram a partida, garantindo o título inédito para a equipe amazonense.
O jogo marcou ainda a despedida do Brusque do estádio Augusto Bauer. Sem mais calendário até o fim da temporada, o Marreco não sabe se ainda voltará a jogar no estádio, que a partir de agora passará por uma grande reforma, incluindo com a troca do seu gramado natural para campo sintético.
O clima da final
Música, futebol e muita animação marcaram a grande final da Série C. Desde cedo, e sobretudo após o horário do almoço, torcedores já começaram a se concentrar em frente ao estádio Augusto Bauer, onde um telão foi montado para a grande decisão.
No local, adereços de campeão da Série C, bem como bandeiras quadricolores eram vistos por toda a parte com ambulantes.
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Cerveja, petiscos e outras especiarias já tradicionais em grandes eventos também eram ofertados por uma gama de profissionais.
Na barraca onde estava a torcida Força Independente, o público se aglomerou para ver e ouvir a roda de samba e pagode enquanto a bola não rolava.
Quando o time chegou um mar de gente recepcionou os atletas na chegada dos times. Dentro do estádio, o torcedor foi aos poucos tomando cada pedaço do estádio até o apito inicial da árbitra Edna da Silva.
A decisão
O jogo começou com os dois times buscando o ataque. Mas foi o Brusque que balançou as redes primeiro e teve as principais oportunidades.
O grito de gol do torcedor não demorou. Com apenas 7 minutos de jogo, o Marreco teve um pênalti a seu favor, após a bola pegar na mão de um defensor do Amazonas. Guilherme Queiroz foi para a cobrança e bateu com categoria, no cantinho: 1 a 0.
Aos 23, o Marreco teve uma grande baixa no time. Jhemerson, um dos destaques da equipe, saiu lesionado para dar lugar a Balotelli.
O jogo seguiu equilibrado, mas com o Brusque controlando bem o resultado. Aos 37 o Quadricolor ainda teve uma grande chance de dilatar o placar. Dentinho recebeu cruzamento pela direita e, completamente livre, mandou por cima. Inacreditável. Aos 40, Guilherme Queiróz, com espaço, tentou jogada individual, mas bateu fraco, nas mãos do goleiro Edson.
O Amazonas, de forma despretensiosa, aproveitou um vacilo do Brusque para deixar tudo igual. Aos 45 minutos, a equipe cobrou falta rápida e Diego Torres foi acionado. O jogador recebeu com espaço e teve tempo de finalizar na entrada da área, escolhendo o cantinho de Matheus Nogueira: 1 a 1.
O golpe da Onça
Na etapa final, a Onça retornou do intervalo buscando mais o jogo. Apesar disso, a equipe não criava, em um início sem grandes oportunidades para ambos os times.
Mas Aos 10 minutos, a equipe visitante voltou a colocar emoção na partida. Para desesperado da torcida do Bruscão. Sassá, até então bem marcado pela dupla Wallace e Everton Alemão, recebeu no meio do sistema defensivo do Brusque. O camisa 99 dominou e girou e, mesmo prensado, conseguiu mandar no cantinho para virar a partida: 2 a 1.
O gol fez a torcida do Brusque sentir o golpe. Em campo, o time também passou a errar muitos passes e mostrar nervosismo. Num dos raros momentos de lucidez da equipe, Alex Ruan obrigou o goleiro Edson a fazer um milagre, aos 18 minutos.
Depois disso, Luizinho ainda fez três substituições para tentar dar uma cara à equipe, entre elas a entrada de Olávio na vaga de Guilherme Queiróz. Mas o Brusque seguia tendo dificuldades e dando o contragolpe ao Amazonas.
Depois de dar o bote duas vezes, a Onça foi amarrando o jogo e selou a conquista com a vitória por 2 a 1.
