São quase 50 anos de existência de um dos clubes mais tradicionais da região. Fundado por Euclides Hodecker e Rodolfo Decker, o Caçador busca resgatar a sua história depois de um longo período de letargo. O time amador de Brusque acredita que é o que mais vendeu camisas em 2015 e galga uma grande campanha no campeonato deste ano.
Euclides Hodecker faleceu há dois anos, mas sua família mantém vivo o time de futebol que ele criou. Filhos, neto, genro e amigos de Euclides fazem parte da diretoria e até entram em campo. O neto, Dener Hodecker, exalta o quanto isso significaria para o avô. “Se ele ainda estivesse aqui sentiria um orgulho muito grande, com certeza. Iria ver que a família está dando continuidade àquilo que ele fez nascer”.
Fundado em 1969, o time tem dois títulos em sua história. Um deles conquistado ainda na década de 70 e outro em 1993. “Foram troféus de uma competição disputada por times aqui da cidade, chamada Taça Alcabe”, explica Dener, que é um dos jogadores do elenco atual do Caçador. O pai do atleta é filho de Euclides e dono do campo onde joga o time, David Hodecker, responsável pelo “Campo do David”. Hoje aposentado dos gramados, David foi jogador do clube por 30 anos.
Outro filho de Euclides é Euzébio, foi atleta do time por 17 anos e atualmente faz parte da diretoria. O presidente de futebol do clube é genro do fundador, Genivaldo Marcelo. Além de ser o comandante do futebol, Genivaldo é o único jogador remanescente do time que jogou o campeonato de 1998, último disputado pelo Caçador antes do letargo de 16 anos. Aos 42, o presidente é o atleta mais velho do time e um dos mais experientes em todo o Campeonato Amador de Brusque.
Entre 1969 e 1998, o Caçador disputou competições de futebol de maneira ininterrupta. O time voltou em novembro de 2014 para jogar amistosos e se preparar para o Campeonato Amador de 2015, no qual acabou com a sexta colocação, a frente de grandes equipes do futebol de Brusque, como América e Sete de Setembro. “O time se desmanchou em 98 porque acabaram as competições, só restou a Liga. Assim como o Caçador, vários outros clubes pararam com o futebol por um período. A Liga chegou a ser disputada por apenas seis times”, explicou um dos integrantes da diretoria, Itamar Rosa dos Santos.
Temporada 2016
Com uma história rica, o objetivo do Caçador agora é construir, também, um presente e futuro vitorioso. O treinador da equipe, Sandro Wehrmann, afirma que o time ainda não busca o título neste ano. “Fizemos uma ótima campanha ano passado e queremos ir ainda melhor em 2016. O projeto é ser campeão em dois ou três anos, é para isso que estamos construindo o time. Temos jogadores jovens que podem jogar juntos por mais de dez anos ainda e a cada temporada o entrosamento e qualidade vão melhorar naturalmente. Óbvio, que se a oportunidade de vencer o campeonato já este ano aparecer, não vamos jogar fora, mas o projeto é de longo prazo”.
O treinador ressalta que o time possui 28 jogadores no elenco. “Temos pelo menos dois bons atletas por posição. Quando substituirmos durante os jogos teremos condição de sempre manter o mesmo padrão de jogo”. A comunidade abraçou a causa, em 2015 foram mais de 100 camisas vendidas pelo clube. Nenhum outro amador de Brusque teve marca tão expressiva. A camisa custa R$ 60 e ainda existem unidades disponíveis.
As camisas vendidas ano passado ajudaram muito financeiramente. Em 2016, o apoio dos patrocinadores vem sendo fundamental. O clube tem parceria com: Precel, CentroSul Guindastes, HP Alumínio Distribuidora, Tinturaria e Estamparia MH, BHM Têxtil e WF Seguros. A Sociedade Caçador também é de grande ajuda para o time.
Neste domingo (21), o Caçador estreou com grande vitória por goleada. Jogando em casa, o time aplicou 4 a 1 no Limeirense. O próximo desafio é um clássico, diante do vizinho local, a equipe do Cedrense.
