A diretoria executiva do Brusque FC se reuniu com o Conselho Deliberativo do clube para apresentar oficialmente a proposta de venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ao empresário Rubens Takano, que, nos bastidores, já exerce forte influência na gestão. Durante o encontro, os dirigentes detalharam a realidade financeira do clube e reforçaram a necessidade da venda, explicando ponto a ponto os termos da proposta.
Conforme apurado pelo EsporteSC, a reunião teve poucas contestações, o que confirma o que já havia sido antecipado pela reportagem: a constituição da SAF e sua venda serão aprovadas sem grandes dificuldades.
Os conselheiros voltarão a se reunir nesta quinta-feira (1º) em reunião extraordinária e, posteriormente, em Assembleia Geral para a votação definitiva da venda.
Investimentos e obrigações da nova gestão
Pelo acordo, a empresa que assumirá o Brusque FC terá a obrigação de realizar um investimento progressivo no futebol e quitar aproximadamente R$ 15 milhões em dívidas do clube, sendo a maior parte referente a passivos trabalhistas.
Na chegada, o investidor fará um aporte imediato de R$ 6,5 milhões para auxiliar nas contas do clube. O valor será utilizado já de cara para pagamento de premiações e salários atrasados. Além disso, o Brusque tem um orçamento previsto de R$ 8 milhões a receber este ano. Takano será obrigado a manter esse valor, adicionando R$ 2 milhões por ano de recursos próprios.
Outro ponto do contrato é a construção imediata do Centro de Treinamento (CT), com prazo de entrega estipulado em até três anos. Já em relação ao estádio, não há previsão para o início das obras. A empresa se comprometeu a realizar a construção, mas aguardará o recebimento de R$ 17 milhões dos ativos que o Brusque tem a receber da Libra. Caso o valor não seja suficiente, o grupo de Rubens Takano se comprometeu a aportar o restante necessário. O novo estádio terá capacidade para 10 mil torcedores.
Além dos investimentos financeiros, o empresário também tem a obrigação de manter o Brusque nas competições atuais ou buscar melhorias. Caso o clube tenha um desempenho inferior e não mantenha sua participação nos torneios em que já está inserido, o acordo poderá ser desfeito em um período de até dois anos.
Foto: Arquivo EsporteSC