Os aplausos ao fim da partida que culminou com a eliminação do Brusque na primeira fase da Copa do Brasil sintetizam o reconhecimento dos cerca de 3 mil torcedores que compareceram ao estádio para acompanhar o revés diante do Ceará.
Num jogo em que a equipe adversária foi superior durante os 90 minutos, coube ao torcedor a consciência da realidade do time, ainda muito distante do adversário. O sonho de cometer “o crime” e derrubar o rival foi se esvaindo a cada minuto que a bola rolava, após uma longa espera para o início da partida em razão de um problema na iluminação que atrasou o jogo em mais de uma hora.
Foi um jogo de incertezas desde o começo, quando não se sabia se haveria confronto ou não. A torcida se frustrou com a possibilidade de adiamento da partida, mas comemorou como se fosse um gol quando os refletores foram consertados parcialmente, garantindo o andamento da partida.
Mesmo com o atraso, o público não se esmoreceu e continuou cantando e fazendo barulho. Com canções que incentivam o time, eles tentavam desmoralizar os adversários e a equipe de arbitragem, acompanhando atentos cada momento do jogo. Preocupados, lamentaram a expulsão precoce de Antonio Carlos, ainda no primeiro tempo. O cenário piorou quando o Ceará abriu o placar num chutaço de fora da área de Rafael Carioca, já aos 20 minutos da etapa final. Mesmo assim, os tambores da torcida não deixaram de tocar.
Mas a medida em que o tempo passava e o Bruscão não se recuperava, a esperança do torcedor ia se esvaindo. E nos momentos de maior tensão foi possível ouvir a pequena torcida cearense, que ganhava confiança conforme o passar dos minutos. Alguns poucos brusquenses, no setor das cadeiras, chegaram a deixar o estádio antecipadamente, muitos também em razão do horário. Ainda sim, a maior parte dos 2.980 pagantes permaneceu até o fim da partida e aplaudiu os esforços da equipe.
