Eles são as principais referências de suas equipes em busca do sonhado acesso à elite do futebol nacional. De um lado está o artilheiro Eduardo Nascimento da Silva Junior, o Edu Junior, para os mais íntimos. O camisa 9, de 28 anos, é responsável por nada menos que 8 dos 12 gols do Brusque na Série B do Brasileirão.
Do outro lado está Chayene Medeiros Oliveira Santos, popular Chay, 30 anos, destaque de um gigante Botafogo que ainda não se encontrou na competição. Neste sábado (17), eles estarão frente a frente no duelo que tem como protagonistas o artilheiro e vice do Brasileirão Série B.
Mas não é somente a facilidade em fazer gols que os atletas têm em comum. Ambos já chegaram, inclusive, a atuar juntos em 2019, num jogo amador. O fato foi lembrado nesta sexta (16) nas redes sociais de Edu, que pediu para o “parceiro ir devagar”. A legenda foi colocada numa foto postada pelo Imperador do Vale, que na imagem aparece engraxando as chuteiras do hoje artilheiro do Fogão (ver abaixo). A resposta de Chay foi na mesma onda: “Tô indo devagar, relaxa”.
Artilheiros com histórias em comum
Edu e Chay têm muitas outras semelhanças. Assim como ocorre com milhares de crianças, todos os dias, tiveram que vencer no subúrbio carioca e passaram muitas dificuldades até chegarem ao confronto desse sábado. O segundo chegou a levar um tiro na barriga, fruto de uma bala perdida em Araruama, na região dos Lagos, em 2011.
Disputa em números
Edu e Chay também carregam nas costas o peso de terem passado muitas dificuldades até serem protagonistas de um grande confronto. O hoje jogador do Brusque rodou por uma dezena de clubes até achar a sua casa. Não à toa, ganhou o apelido de Imperador do Vale, em alusão a região onde está a cidade catarinense. Pelo caminho, superou recentemente uma lesão que o deixou cerca de 10 meses longe dos gramados. Voltou ainda mais forte para estufar as redes daqueles que ousam cruzar seu caminho.
Jogador forte e de velocidade, Edu se destaca pela explosão e precisão nas finalizações. Além disso, é um exímio cabeceador. Foi dessa forma que marcou três dos oito gols que fez na Série B. O artilheiro também se posiciona como ninguém dentro da área. Foi nesta faixa do campo que marcou sete dos oito gols.
Chay, por sua vez, além do tiro que o deixou por três meses longe dos gramados, teve que jogar por quatro temporadas, de 2013 a 2016, no futebol de 7. Quase viu o sonho de se tornar jogador profissional morrer. Também oscilou depois por uma dezena de clubes, até ser um dos grandes destaques do Campeonato Carioca deste ano, quando marcou cinco gols em 13 jogos com a camisa da Portuguesa. Foi o suficiente para chamar a atenção do Fogão.
No Glorioso, o atacante já balançou as redes seis vezes em nove partidas. Além da qualidade na finalização, também se destaca pelo jogo coletivo. No geral, entre bolas nas rede e assistências, Chay participou de 9 dos 15 gols do Fogão.
E neste sábado, quem leva a melhor? O duelo de artilheiros inicia a partir das 19h no Gigantinho.