Técnico mais longevo e um dos mais vitoriosos da história do Brusque, o técnico Jerson Testoni se disse decepcionado pela forma como saiu do clube.
Em entrevista concedida à Rádio CM Esportes na segunda-feira, e repercutida pelo site Globo Esporte, o agora ex-treinador do Marreco alega que muita gente no clube pediu sua cabeça e que chegaram a fazer reuniões com atletas e com representantes da sua comissão técnica sem a presença do treinador. “Faziam reuniões com os jogadores de manhã e a tarde com minha comissão sem eu estar presente e isso jogou minha comissão contra mim”, disse, em entrevista. “Tentaram encontrar argumentos para me tirar, sendo que os nove jogos sem vencer já bastariam”, completou o técnico do Brusque. “Essa questão (das reuniões) me deixou triste e decepcionado, mas o meu nome está na história do Brusque e isso ninguém vai tirar de lá”.
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Na entrevista, Jersinho também falou sobre outras situações que ampliaram o desgaste. Um deles foi a imposição para a chegada do auxiliar Luan Carlos. O profissional, hoje no Brasiliense, chegou ao Bruscão em abril.
Jersinho salienta que a indicação do profissional foi bancada pela diretoria. “A diretoria achou que o Fernando (Fernando de Borba, até então auxiliar técnico) não tinha perfil para ser auxiliar. Eu, muito transparente, disse que poderiam trazer outro, mas que o Fernando não sairia porque era alguém que estava comigo desde lá atrás”, afirma. “Falei que o Fernando não sairia e briguei por um aumento de salário para ele. Então a diretoria colocou o Fernando como analista de desempenho e o Luan veio como auxiliar”.
Jersinho afirma, no entanto, que a chegada do novo profissional não atrapalhou seu trabalho, mesmo aparentando haver divergências de ideias. “Eu confio no meu trabalho e não me preocupo com sombras. Ele teve propostas para sair e foi para o Brasiliense. O que ele achava da minha maneira de trabalhar é algo dele”, finaliza o treinador.