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Especial mês da Mulher: Correr como estilo de vida

Keiti Wisbeck começou por acaso e hoje divide à rotina com o desafio de se superar

por Sidney Silva
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A atividade física sempre esteve na vida de Keiti Wisbeck. A brusquense de 34 anos hoje se encontrou na corrida, prática que recebeu incentivo desde cedo para participar. “Na academia, tínhamos professores que já praticavam a corrida. Eu recebia incentivos para sempre participar e estar presente, afinal, sempre tinha alguns metros de corrida durante o treino, seja ela na esteira ou na parte externa da academia”, explica. “Um belo dia, nossa professora de musculação e corredora nos levou para a Beira Rio para ver no que ia dar: eu, sem contato com a corrida, de cara já fiz sete quilômetros e, a partir daí, não parei mais”, conta.

Keiti Wisbeck



Desde então, Keiti passou a se inscrever em provas de 5 km. Logo depois vieram as de 10. Com apenas 4 meses de corrida, a brusquense concluiu a primeira meia-maratona. Ela conta que, a partir disso, os desafios só foram aumentando. As provas se tornavam cada vez mais longas e desafiadoras, com percursos diferentes.  “Em setembro de 2021 resolvi arriscar um pouco mais e me inscrevi para uma ultramaratona. Concluí a prova e foi uma grande conquista, afinal, foram 55 quilômetros percorridos com uma altimetria de 3200 metros. Para esse ano pretendo concluir mais uma ultramaratona. Com certeza, a distância será um pouco maior”, comenta.

Brusquense correu prova de 55 quilômetros no ano passado

História com a corrida
Para Keiti, a corrida representa algo muito além de uma atividade física. Ela diz que é na modalidade que consegue manter a saúde mental em dia. “Tem dias que eu corro para acalmar meus pensamentos e outros muitas vezes consigo obter respostas, seja profissional ou até desafios pessoais. É na corrida que me encontro, que busco fazer o meu melhor  e ver que sempre posso mais”, afirma.


Além de tudo isso, ela ainda celebra o fato de, ao mesmo tempo “conhecer lugares fantásticos” e fazer novas amizades. “Uma coisa é certa, a melhor sensação é cruzar a linha de chegada e com a certeza de que sou capaz de ir mais longe”.

Desafios
Assim como qualquer atividade, se dedicar ao esporte também requer renúncias e desafios, conta Keiti. “Às vezes sofremos preconceitos, medo, pois cada atleta tem sua rotina e seus objetivos. Eu, por exemplo, acordo muitas vezes super cedo para conseguir treinar, por outras vezes, tenho que fazer meus treinos específicos pelas trilhas, matos, lugares que não temos acesso à tecnologia e por diversas vezes somos julgadas por isso, mas seguimos firmes e fortes”, diz ela.

A corredora brusquense comemora o fato de cada vez mais mulheres estarem aderindo ao esporte, mesmo diante de tantos sacrifícios. “Temos família, filhos, trabalho, casa… e mesmo com tudo isso damos conta e ainda sobra tempo para se dedicar aos treinos. Se observar muitos grupos de mulheres, e isso é muito legal, é motivador. É incentivo para cada uma delas. É um momento de descontração, de risadas e muitas vezes um pedido de ajuda”, diz, ao finalizar com uma mensagem. “Uma mulher tem o poder de ser tudo aquilo que quiser, basta que lute por isso”.