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Executivo de Futebol do Brusque, André Rezini comenta sobre montagem do elenco para 2023

Dirigente fala dos desafios do Marreco após o rebaixamento à Série C

por Sidney Silva
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O diretor Executivo de Futebol do Brusque FC, André Rezini, concedeu entrevista a EsporteSC para falar sobre a montagem do elenco do Marreco para a temporada de 2023. Entre outros assuntos, André comentou sobre as renovações, perfil dos novos reforços e também sobre a contratação de Luizinho Lopes como novo treinador da equipe. “Jovem, muito estudioso e com potencial danado”, define.


O diretor Executivo do Bruscão destacou que o departamento de futebol terá que driblar as dificuldades de trabalhar com um orçamento até 65% menor do que em relação ao deste ano, o que fará que com o clube precise ter um alto índice de acerto nas contratações. Apesar disso, ele diz que a realidade não assusta, já que essa diretoria já trabalhou com orçamento semelhante em outros anos. O dirigente também falou que o Bruscão seguirá apostando na mescla de juventude com atletas experientes, mantendo uma base de jogadores que já tem identificação e trouxeram resultados para o clube em outros momentos. “Não podemos perder todos os atletas e montarmos um elenco do zero. É um tiro no pé e a tendência de dar errado é gigante”, afirma. A expectativa é de que de 6 a 10 jogadores do atual elenco sejam mantidos. Atletas como Airton, Wallace, Alex Ruan, Rodolfo Potiguar e Ruan Carneiro já tiveram o contrato renovado.

O único reforço anunciado até o momento é o meia-atacante Thiago Alagoano, que acertou seu retorno ao clube após uma passagem pelo Criciúma. Além dele, pelo menos outros 15 reforços ainda devem ser contratados pelo Bruscão. Leia abaixo a entrevista completa.

EsporteSC – Como está sendo a montagem do elenco para 2023?
André Rezini – Está sendo uma montagem mais dificultosa porque saíram muitos atletas. Nas outras temporadas mantínhamos uma quantidade maior de jogadores, que sempre foi um dos segredos do Brusque, de manter jogadores com qualidade e potencial, atletas vencedores. Sempre tentávamos manter uma base, estrutura, e depois contratávamos pontualmente. Esse ano, como liberamos muitos atletas, ficamos com reforços que entendemos que vão nos ajudar. Vamos fazer um elenco mais enxuto que a Série B, porém, teremos que contratar mais, porque liberamos muitos atletas. Em contrapartida, perdemos, no mínimo, hoje, de 60 a 65% de receita. Além de contratar mais jogadores em quantidade do que em relação aos outros anos, perdemos muito orçamento. Então, teremos valores inferiores para o departamento de futebol, apesar de que estamos acostumados, pois até 2020 sempre trabalhamos em nível de Série D, C e Catarinense.

EsporteSC – Quais são os pontos que estão sendo considerados pelo departamento de futebol para renovações e dispensas?
André Rezini – A primeira questão é a entrega e resultado de cada atleta, esse é o primeiro ponto: qualidade técnica. Logicamente, não vamos conseguir agradar todos os torcedores, mas temos que pensar na instituição, dentro do que já tivemos de resultados positivos ao longo desses anos. O primeiro ponto crucial é entrega: números, estatísticas, minutagem, gols, número de jogos… A segunda questão que buscamos são atletas vencedores, que tem potencial, força, identidade, comprometimento. Jogadores que não possuem problema extracampo e tenham vontade de vencer na vida: espírito de liderança. São uma série de situações que estamos levando ao pé da letra para essas renovações. Dispensas nem são tantas, porque a grande maioria está acabando o contrato, então não se fala em dispensas. Não estamos dispensando ninguém. O único que saiu até o momento, que tem contrato, é o Lucas Barbosa, que foi para o Botafogo, da Paraíba. Ele pediu para sair e entendemos que ele não foi utilizado. Os outros que estão saindo é porque acabou o contrato. O que estamos buscando a renovação, que não são muitos: são bons jogadores, com minutagem alta, e já mostraram em outras competições que têm potencial. Não podemos perder todos os atletas e montarmos um elenco com 26/28 jogadores começando do zero. É um tiro no pé e a tendência de dar errado é gigante. Então, precisávamos de uma estrutura e de uma base de time, de 6 a 10 jogadores, e vamos ao mercado agora contratar mais uns 15 ou 16 jogadores. Essa é a ideia.

EsporteSC – Com o rebaixamento esse ano, qual será o perfil para montagem do elenco do ano que vem, com Catarinense, Copa do Brasil e Série C?
André Rezini – O perfil é que o Brusque sempre montou. Logicamente, estávamos numa Série B, não deu certo, trouxemos alguns jogadores que não renderam. Faz parte do futebol. Mas vamos tentar buscar jogadores ainda mais comprometidos, com idade mesclada. Não dá para fazer um time só de jovens ou só de jogadores experientes. Temos que ter esse equilíbrio no elenco: alguns mais jovens outros mais velhos, alguns mais rápidos, outros com estatura mais alta, jogadores comprometidos que tenham fome de carreira e, obviamente, qualidade técnica. Essa é a linha de raciocínio. É a essência do Brusque: jogadores que vem para buscar algo a mais para a carreira, que tenham vontade e espiríto de Brusque. As contratações serão nesse sentido, com qualidade técnica. Isso não pode faltar. Jogadores com intensidade, força, velocidade, potência e, logicamente, também, alguns jogadores mais experientes, o que é muito importante.

EsporteSC – Até que ponto o novo treinador tem participado das escolhas sobre quem fica, quem sai e novos reforços para o clube?
André Rezini – Foi escolhido o Luizinho Lopes: treinador jovem, 41 anos, muito estudioso, potencial danado. Estamos colocando muita confiança no trabalho dele. Sobre quem ficou, basicamente já tínhamos feitos as primeiras conversas e renovações. Ele não participou muito, mas, nos últimos que fizemos, participou, gostou. Ele acha interessante o Brusque manter esses atletas vitoriosos, até para não começarmos tudo do zero e termos uma estrutura do time. Ele entendeu que foram feitas ótimas renovações. Não só o Luizinho Lopes, mas todos os demais treinadores que aqui passaram participam da montagem. Logicamente que a responsabilidade final é do departamento de futebol: comigo, André Rezini, diretor executivo de futebol, e o nosso vice-presidente, Carlos Beuting. Tudo passa por nós e a palavra final é nossa juntamente com o presidente Danilo. Ninguém faz nada sozinho. Trocamos ideias com a comissão técnica e treinador e, em consenso, fazemos as contratações.