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Guabiruba vive dia de emoção nas alturas

Um evento reuniu diversos parapentistas em Guabiruba. Foram feitos voos individuais e em dupla. Os saltos aconteceram na rampa de Guabiruba , que é de propriedade do Clube de Parapente do Vale (CPV). Uma camionete foi disponibilizada pela empresa Kohler e Cia para levar os interessados da igreja do Aymoré até a rampa, neste sábado (2).

por Sidney Silva
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Um evento reuniu diversos parapentistas em Guabiruba. Foram feitos voos individuais e em dupla. Os saltos aconteceram na rampa de Guabiruba , que é de propriedade do Clube de Parapente do Vale (CPV). Uma camionete foi disponibilizada pela empresa Kohler e Cia para levar os interessados da igreja do Aymoré até a rampa no morro São José, neste sábado (2).

Regularmente, a comunidade de Guabiruba comparece para acompanhar voos na rampa e mais de cem pessoas chegam a circular no local nos finais de semana de tempo bom só para observar. Quem quiser saltar, deve desembolsar de R$120 a R$150, preço baixíssimo. No litoral, é cobrado de R$300 para cima. Durante o dia, foram muitas as pessoas que se interessaram e pediram informação de como poderiam voar também.

O evento foi organizado pelo experiente parapentista Jorge Luís Paza, com auxílio do secretário de Esportes, Lazer e Assuntos para a Juventude, Luiz Schlindwein Filho, o Kareka. “Nós programamos um dia de vôo para prestigiar a festa da igreja e também para divulgar as qualidades de Guabiruba. Aqui temos um lugar espetacular para voar com ventos excelentes. Essa é uma área menos explorada do que merece e estamos tentando mudar isso”, explica Paza.

No local ocorrem voos frequentemente, mas não com tantos parapentistas como neste sábado. “A nossa intensão é repetir isso mais vezes a partir de agora”, afima Paza. O parapentista também fala sobre a expectativa de tornar Guabiruba local para uma das etapas do Campeonato Catarinense de Parapente. “O local é propício para isso e o evento de hoje também teve como objetivo mostrar que a cidade pode receber um evento deste porte”.

A vida de Jorge Luís Paza

Aos 49 anos, Paza voa há 15. O gerente de produção aposentado costuma voar pelo menos três vezes por semana, dependendo do tempo. Muito simpático, o parapentista demonstra na maneira de falar uma paixão absurda pelo o que faz. Nem mesmo um acidente de moto que causou a amputação de sua perna em 2008 foi capaz de abalar a relação com o esporte que tanto ama. “Demorou quatro meses para voltar a voar depois do acidente. Só não foi antes porque o médico não deixou”.

Paza usa uma prótese e a condição não atrapalha em nada o desempenho. O parapentista já foi presidente e também secretário do CPV, hoje é apenas um praticante dedicado do esporte. Paza voa em estapas do Campeonato Catarinense, mas não compete. “Eu não pontuo, pois chega a um ponto que o nível de exigência é tão alto, que os participantes chegam voar com o climaruim. Esse tipo de coisa pode fazer com que o voo não tenha 100% de segurança”, pondera.

Voos em dupla

Qualquer morador de Guabiruba ou visitante da cidade pode se aventurar nos céus em uma viagem de parapente em dupla. Para isso basta ligar para o instrutor de voos, Marco Aurélio Osti. O telefone para contato é 9922-3558. Conforme a disponibilidade na agenda e o clima será marcada uma data para o voo. A rampa de Guabiruba tem 300 metros e, durante a aventura, o parapente pode chegar perto dos dois quilômetros de altura, com picos de velocidade de  subida de até sete metros por segundo. O passeio dura de 15 a 30 minutos.

Osti realiza voos em dupla em Guabiruba, Gaspar, Pomerode e Rio dos Cedros. Instrutor de voos há seis anos, Osti já faz voos em dupla há mais de uma década. Para mais informações acesse o site scfly.