São mais de dez anos de amor e fidelidade ao Olaria. Foram poucos que ganharam tantos títulos no clube como o goleiro Jelson Alois Debatin. O arqueiro de 30 anos é um dos principais nomes da história do tricolor guabirubense e esteve presente na conquista de todos os títulos do clube desde 2005, quando a equipe, naquele ano vice-campeã, iniciou a trajetória para se tornar hoje o principal clube da cidade.
Jelson, que chegou a treinar no São Paulo de Rogério Ceni, disputa o 12º campeonato pelo clube e tem como um dos principais anos o de 2013, quando venceu o campeonato municipal de futebol e a Taça SDR de forma invicta.
O ano que mais marcou o atleta, no entanto, foi o de 2005, quando tudo começou. “Foi o ano que perdemos a final para o Cruzeiro. Ganhamos fora por 2 a 1 e perdemos em casa por 3 a 1. Ai fomos derrotados nos pênaltis. Ali eu disse pra mim mesmo que não sairia mais daqui sem ser campeão”, lembra o arqueiro.
Promessa feita, promessa cumprida. A partir do vice-campeonato, Jelson passou a escrever uma nova história no clube. Ele lembra que até então o Olaria já havia ficado várias vezes como vice-campeão. No fim da década de 80 o time era o saco de pancadas do futebol amador de Guabiruba. “Hoje somos um clube acima de tudo muito organizado, com uma estrutura muito boa por ser um clube amador”, destaca o goleiro, ao justificar a galeria de troféus conquistadas desde então.
Somente nos últimos dez anos foram cinco. O sexto pode vir no domingo (4). A equipe pode até perder por três gols de diferença em casa para o Lageadense que leva o hexacampeonato. Os outros títulos foram conquistados em 2007, 08, 12, 13 e 14. “O primeiro título, em 2007, foi muito marcante. Lembro até hoje que fizemos festa a noite toda”, conta o arqueiro.
Além das cinco taças, o Olaria já foi vice em outras três oportunidades na última década: 2006, 2010 e 2015. Da últimas dez edições do municipal, a equipe só não esteve presente na final em 2009 e 2011. Veja abaixo alguns trechos da entrevista com o camisa 1 do Olaria.
EsporteSC.com – Como é essa sua relação de amor com o Olaria?
Jelson – É algo muito forte. Não me vejo saindo daqui. Somente quando o Olaria não me quiser mais.
EsporteSC.com – O ano mais marcante?
Jelson – 2005, quando perdemos a final para o Cruzeiro. Ganhamos fora por 2 a 1 e depois perdemos em casa por 3 a 1. Aí fomos derrotados nos pênaltis.
EsporteSC.com – E a sensação de vencer o primeiro título?
Jelson – O primeiro título pelo clube foi muito importante. Lembro até hoje da festa a noite toda.
EsporteSC.com – Como é jogar com o Godo?
Jelson – Na região toda não a ninguém igual a ele. É um nível muito acima para o futebol amador.
EsporteSC.com – Qual o grande diferencial para o sucesso do Olaria?
Jelson – A união. Sem contar a organização e estrutura acima da média por se tratar de um clube de futebol amador.
EsporteSC.com – Se vê jogando em outro clube de Guabiruba?
Jelson – Todo mundo quer ser profissional, mas aqui ninguém joga por dinheiro. Dentro da minha ótica nada paga a gente ser campeão. O troféu está aqui (aponta para a galeria de taças na sede). Ninguém vai tirar ele dali. Não vai ficar num canto ou escondido na casa de um dirigente. É isso que dou valor.