Além de proporcionar cidadania, lazer e o ensino de voleibol, um dos esportes mais difundidos em todo o planeta, a Associação Brusquense de Esporte e Lazer (Abel) vem se destacando nos últimos tempos por ser um celeiro de novos talentos. Recentemente, neste mês de novembro, mais duas atletas da entidade tiveram suas atuações reconhecidas, ganhando oportunidades de disputarem competições em equipes norte americanas. Trata-se das jogadoras Júlia Bergmann – que também é presença constante nas categorias de base da Seleção Brasileira – e Shara Vinícia.
Em entrevista a EsporteSC, o supervisor técnico da equipe, Luiz Antônio Moretto, explica que a Abel vem cada vez mais sendo procurada por treinadores estrangeiros, sobretudo de universidades, face os bons resultados frequentemente conquistados. Por exemplo, o bicampeonato da Taça Paraná – maior competição de base do país, o Campeonato Brasileiro Escolar e o Festival Internacional de Estrelas – onde disputam seleções sul-americanas.
“Ano passado, representantes dessas universidades estiveram em Brusque a procura de destaques. Dessa procura, cinco jogadoras foram para os Estados Unidos, receberam bolsa integral e ajuda de custos. Esse ano, durante a Taça Paraná, tivemos a visita de 10 universidades. Foram ao hotel conversar com as meninas e mais duas jogadoras, no caso a Júlia e a Shara, já acertaram. Brusque hoje se tornou referência mundial em atletas sendo procuradas por universidades”, comenta Moretto.
A ponteira Júlia Bergmann está de malas prontas para, em janeiro, partir rumo à universidade Georgia Tech, uma das mais conceituadas instituições de ensino superior da América do Norte, situada em Atlanta, estado da Geórgia. Shara, por sua vez, representará as cores da Gateway Region Voleyball, situada em St. Louis, estado de Missouri.
“Não temos nenhuma vantagem financeira nestas negociações e, normalmente, elas ocorrem diretamente entre o clube e a atleta. Há uma procura muito grande porque são mais de 1600 equipes disputando as várias categorias do voleibol americano. Eu acho de suma importância essa procura pelos atletas brusquenses. É uma maneira de oportunizar o atleta a fazer um curso universitário bom, coisa que não aconteceria no Brasil. Nos Estados Unidos, os desportistas se profissionalizam, jogam, mas o estudo é prioritário”, finaliza o supervisor.
