“Faltou concentração”. Esse é o argumento do técnico Mauro Ovelha para a terceira derrota do Brusque no Campeonato Catarinense de 2016.
Diante do Inter de Lages, a defesa, como vem sendo rotina neste estadual, cochilou e entregou três pontos de bandeja ao adversário.
No primeiro dos três gols, Isac, o artilheiro da competição completou sozinho para dentro do gol após cobrança de escanteio. No segundo, Carlos teve uma avenida pela frente até cruzar e Valdo Bacabal antecipar a marcação de Maurício e balançar as redes.
Depois de outras falhas que quase culminaram no terceiro gol, o Inter enfim conseguiu dilatar o placar. Novamente em um vacilo da defesa, que deu espaço para cruzamento pela direta e depois não conseguiu fazer o corte dentro da área na finalização de Isac. O time num primeiro momento ainda levou sorte, já que a bola foi na trave. Mesmo assim, não conseguiu o corte e Matheus Arence, que havia acabado de entrar, completou para as redes.
Rotina de erros
Os erros defensivos têm custado caro ao Bruscão na competição. Diante do Avaí, os três gols do adversário também saíram em erros de marcação. Diante do Metropolitano, em Jaraguá do Sul, o primeiro gol do time de Blumenau aconteceu após um cochilo da zaga.
Os dois gols tomados na derrota para a Chapecoense, em casa, também já haviam evidenciado o problema. “A gente tem trabalhado bastante essa situação. Talvez é o que mais a gente trabalha.. Até porque a gente sabe que a competição vira muito em bola parada e é necessário ser forte neste fundamento”, lamentou um desconsolado Mauro Ovelha em entrevista coletiva.
Para o treinador, essas situações não são oriundas da necessidade de mais treinamento, mas sim da falta de concentração dos atletas. “É muito mais erro de concentração do que qualquer outra coisa. É necessário não deixar o adversário se desgarrar, marcar mais perto, e a gente trabalha muito para que isso não aconteça”, destaca.
O treinador não poupou também o setor ofensivo da equipe, que por muitas vezes teve a oportunidade de finalizar em gol, mas foi pouco objetivo. “A gente teve muita oportunidade de definir para dentro, mas só transferimos a responsabilidade e a gente tinha a chance de definir”, diz.
Ovelha ressaltou ainda a força do adversário, que diferente do Brusque colocou para dentro as chances que criou. “Eles estão fazendo uma grande competição e são muito fortes aqui dentro. Quanto tiveram a chance colocaram a bola para dentro. E nós iniciamos muito mal os dois tempos, tanto o primeiro quanto o segundo, e isso foi decisivo para que as coisas acontecessem dessa forma”, observa.
