Home ColunasAndreia Borssatto Na coluna de Andreia Borssatto, conheça fatos históricos sobre os Jogos Olímpicos

Na coluna de Andreia Borssatto, conheça fatos históricos sobre os Jogos Olímpicos

Existem dois eventos olímpicos oficiais, os Jogos de verão e os Jogos de inverno. Ambos são realizados a cada quatro anos

por Redação
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A menos de 100 dias para o início do maior evento esportivo do mundo, atletas de centenas de países estão se preparando para representar suas pátrias em busca do pódio olímpico. A cerimônia de abertura dos XXXII Jogos Olímpicos da Era Moderna será em Tóquio, no Japão, em 23 de julho próximo.

A partir de hoje, até o final dessa edição das Olimpíadas de Tóquio 2021, vou lhes apresentar na minha coluna semanal, fatos históricos e informações importantes relacionados ao evento e também, acompanhar de perto a delegação brasileira e os nossos ilustres atletas que lá estarão, em busca de medalhas.

Existem dois eventos olímpicos oficiais organizados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Os Jogos de verão e os Jogos de inverno. Em ambos que são realizados a cada quatro anos, acontecem os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos, com diferença de aproximadamente um mês entre eles.

A primeira edição dos Jogos Olímpicos de Verão foi em 1896 e dos Jogos Paralímpicos de Verão foi em 1960. Já os Jogos Olímpicos de Inverno tiveram sua primeira edição no ano de 1924 e os Jogos Paralímpicos de Inverno em 1976.

O intervalo entre uma edição e outra é de quatro anos. Então a edição de inverno passada foi em 2016, no Rio de Janeiro – Brasil! E a de inverno foi em 2018, na cidade sul-coreana, PyeongChang.

Entendam como é definida a “Cidade-sede” de cada edição:

  • A Cidade-sede e uma edição dos Jogos Olímpicos é definida por um processo eleitoral que inicia com a inscrição da cidade postulante, através de seu Comitê Olímpico Nacional, e encerra com a eleição da sede, realizada durante uma Sessão do COI. Esse processo é regido pela Carta Olímpica, em seu quinto capítulo.
  • Esse processo é composto por duas fases. A primeira fase inicia logo após o fim do prazo de inscrições onde as cidades postulantes precisam respondem um primeiro questionário que reúne temas importantes para uma organização bem-sucedida dos Jogos. Essas informações auxiliam o COI na análise da capacidade de organização das cidades, e aponta os pontos fortes e fracos nos seus projetos. Após uma análise criteriosa e um estudo detalhado dos questionários e dos projetos, o Comitê Executivo do COI seleciona as cidades classificadas para a fase seguinte, que passam a ser chamadas de candidatas oficiais.
  • Na segunda fase, as candidatas oficiais respondem outro questionário, bem mais detalhado. Toda a documentação exigida é cuidadosamente estudada pela Comissão Avaliadora (composta por membros do COI, representantes de Federações Esportivas Internacionais e dos Comitês Olímpicos Nacionais – CON, atletas e membros do Comitê Paraolímpico Internacional e por especialistas em diversas áreas).
  • A Comissão Avaliadora faz inspeções de quatro dias em cada uma das cidades candidatas, onde verifica os locais de competição planejados e conhece detalhes dos projetos. O grupo comunica os resultados de suas inspeções aos membros o COI aproximadamente um mês antes da Sessão da votação.
  • A Sessão de votação do COI ocorre num país que não postulou candidatura durante o processo atual.
  • São considerados votantes os membros ativos do COI (exceto membros honorários e membros de países de cidades candidatas, enquanto suas cidades não forem eliminadas).
  • O processo eleitoral é repetido quantas vezes forem necessárias até que uma cidade atinja a maioria absoluta dos votos.
  • Se a definição não acontecer na primeira rodada, a cidade com menos votos é eliminada e uma nova rodada inicia.
  • Em caso de empate da cidade menos votada, é realizada uma rodada extra, apenas com as cidades em questão. E a vencedora desse duelo é classificado para a rodada seguinte.
  • A cada rodada o nome da cidade eliminada é anunciado.
  • Após o anúncio final, a cidade-sede eleita assina o “Contrato de Cidade-sede” com o COI, que delega as responsabilidades de organizar os Jogos ao país e ao seu respectivo CON.

Conheça os critérios de avaliação e o que é analisado em cada um deles:

Apoio político e social as cidades precisam apresentar garantias que comprovem o apoio e o compromisso de todas as esferas de governo; além disso o COI analisa também a capacidade destas esferas do cumprimento de todas as garantias fornecidas, as leis do país e da cidade candidata também são observadas e o nível de aceitação popular que a candidatura tem.

Infraestrutura geral é levado em consideração as infraestruturas de transportes terrestre e aéreo da cidade e o projeto dos centros de imprensa; são analisados também o tempo e o custo de construção das novas infraestruturas e a integração delas com o plano do legado da cidade.

Locais de competição – esse critério é dividido em três subcritérios:
– Instalações existentes – seu uso e projetos de reforma;
– Instalações planejadas e temporárias – a viabilidade das novas construções, de acordo com o tempo, o custo e a qualidade;
– Conceito e legado esportivo – como os locais de competição estão distribuídas pela cidade e que tipo de legado eles proporcionarão.

Vila Olímpica este item também é dividido em três subcritérios:
– Localização – distâncias até os locais de competição;
– Conceito – tipo de acomodação, viabilidade do projeto, arborização, entre outros fatores;
– Legado – uso após os Jogos e financiamento.

Meio ambiente são analisados fatores ambientais atuais da cidade candidata e o impacto que os Jogos causarão.

Acomodaçõeseste critério é analisado com base no Manual Técnico de Acomodações, fornecido pelo COI às cidades candidatas. O valor de referência é de 40.000 quartos de hotel com três ou mais estrelas. O critério é dividido em:
– Número de quartos – são avaliadas as ofertas existentes e planejadas de leitos num raio de 50 km do centro dos Jogos, e as vilas para a imprensa;
– Conceito – tipos de acomodação e operação.

Transportea avaliação é baseada na performance esperada do sistema de transporte proposto, sob um ponto de vista operacional e levando em conta experiências anteriores. São observadas as distâncias e o tempo de deslocamento dentro da cidade e a organização do tráfego e do transporte público durante os Jogos.

Segurança – são avaliados a incidência e o risco de terrorismo, os níveis de criminalidade, as competências técnicas e profissionais das forças responsáveis pela segurança, o investimento feito e a tecnologia empregada na área e a complexidade das ações propostas.

Experiências anteriores – o COI analisa os eventos multiesportivos sediados no país nos dez anos anteriores, como forma de conhecer a capacidade de organização da cidade.

Finanças – são avaliados as contribuições dos governos e o plano financeiro em relação à capacidade do país de colocar o projeto em prática e a viabilidade dos valores disponibilizados.

Projeto geral e Legado – este critério é um resumo global dos anteriores, e é usado pelo COI para confirmar a sua opinião sobre a capacidade de cada cidade em realizar os Jogos.

A Sessão de votação do COI geralmente é transmitida ao vivo para muitos países, principalmente para os países das candidatas oficiais. E a festa dos representantes da cidade eleita é sempre emocionante e muito comemorada.

As Cidades-sede das próximas edições dos Jogos de Verão já foram definidas na 131ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional em Lima, Peru, no dia 13 de setembro de 2017. Paris sediará a edição de 2024 e Los Angeles será a sede da edição de 2028.

Sobre a colunista

Andreia Munalli Pereira Borssatto têm 43 anos e é natural de Rio Negro PR. É Formada em Educação Física pela UFSC e Profissional de Educação Física há 22 anos. Atualmente é professora e coordenadora do Curso de Educação Física da Uniplac e Mestranda do programa Ambiente e Saúde da Uniplac. Ela escreve em EsporteSC sempre aos sábados