Home Vôlei No ano olímpico, Nova Trento torce pela estrela de Rosamaria

No ano olímpico, Nova Trento torce pela estrela de Rosamaria

A temporada de 2015 foi um divisor de águas para Rosamaria. Com apenas 21 anos, a atleta teve responsabilidade de gente grande para representar a tradição brasileira no Pan-americano de Toronto, no Canadá. O ouro não veio. As brasileiras, na final, foram derrotadas pelas norte-americanas, mas mesmo sem troféu Rosa saiu fortalecida.

por Sidney Silva
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A temporada de 2015 foi um divisor de águas para Rosamaria. Essa é a avaliação da própria atleta nascida em Nova Trento e que hoje brilha no voleibol nacional. Rosa comemora o fato de, pela primeira vez, ter ganho a oportunidade de integrar a seleção brasileira adulta da modalidade.

Com apenas 21 anos, foi com toda responsabilidade de gente grande representar a tradição brasileira no Pan-americano de Toronto, no Canadá. O ouro não veio. As brasileiras, na final, foram derrotadas pelas norte-americanas, mas mesmo sem troféu Rosa saiu fortalecida.

Se a participação em uma competição ao lado de atletas olímpicas sempre foi um sonho, ela comemora ainda o fato de ter ganho espaço para demonstrar o seu voleibol. “Foi extremamente importante poder jogar, e ter participado bastante foi ainda mais legal”, diz a neotrentina.

Na seleção brasileira Sub-23, Rosa também brilhou. Foi peça fundamental na conquista inédita para o Brasil do mundial da categoria. “Acho que são momentos super especiais e diferentes. Não dá para dizer qual foi o mais marcante. Acho que o Pan-americano é uma coisa que ainda não caiu a ficha, só vai cair daqui uns anos quando eu rever as imagens e realmente ver que eu estava lá, jogando ao lado de campeãs olímpicas, de meninas que eu sempre assisti pela TV. Quanto ao campeonato Sub-23, é da minha categoria, então é um gostinho diferente”, diz ela ao lembrar que o Brasil há muito tempo não ganhava um campeonato nas categorias de base de nível mundial. “Acho que esse título foi importante para o voleibol brasileiro e para gente. Na minha categoria eu havia sido sexta colocada no mundial infanto, terceira no juvenil. Terminar essa fase das categorias de base com um campeonato mundial inédito para o Brasil na categoria Sub-23 foi sensacional”, define.

No Camponesa/Minas, seu clube, Rosa também tem muito a comemorar. Ela assume que teve alguns problemas físicos, mas isso não impediu que contribuísse para que o time melhorasse de rendimento após um início modesto na competição. “Acho que meu estágio atual no Minas está sendo muito bacana. Nosso time evoluiu muito do início do primeiro turno até o final. Espero que a gente continue nesta crescente”, diz ela.

Sonho olímpico
O bom rendimento no Minas e as oportunidades recentes com a seleção também colocam Rosa em evidência para um outro desafio de peso com a camisa amarelinha: as Olimpíadas do Rio de Janeiro deste ano. Ciente de que luta com outras atletas de ponta pela vaga, a neotrentina prega pés no chão. Rosa prefere continuar trabalhando e joga a bomba para o atual treinador José Roberto Guimarães.

 “A expectativa de estar nas Olimpíadas sempre existe, mas eu estou assim, com os pés no chão. Sei o quanto sou nova e o quanto tenho para melhorar ainda. Sou inexperiente em relação há muita coisa, então tenho que crescer bastante”, diz ela, que pode ter uma ajudinha especial para realizar o objetivo. “Estou tentando aproveitar muito a presença do Paulo Coco – que é nosso técnico e auxiliar da seleção brasileira. Acho que a expectativa existe, mas tenho que continuar trabalhado e o que tiver que ser vai ser. Sei que tem muita gente na minha frente, então vou trabalhar. Se o Zé Roberto e a comissão achar que estou preparada, vamos embora”.