Home Outros No Dia das Mães, conheça a história de Graziela Tomasi Bertolini, triatleta que concilia a rotina de criação das filhas com os treinos duros do triatlo

No Dia das Mães, conheça a história de Graziela Tomasi Bertolini, triatleta que concilia a rotina de criação das filhas com os treinos duros do triatlo

Quando engravidou da mais nova, Manuela, Graziela continuou correndo até completar sete meses e meio de gestação. “Claro que não treinava tão forte, fazia só 5 quilômetros”, conta. Assim que o médico a liberou para treinar, 30 dias após o parto, Grazi voltou a correr.

por Sidney Silva
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Mãe de duas meninas, a mais velha com 10 anos e a caçula com apenas 1, Graziela Tomasi Bertolini além de trabalhar fora na empresa que tem com o marido, a Mecânica Bertolini, também dedica horas importantes da sua vida ao triatlo. Ela começou a correr há quatro anos, como a maioria das pessoas, com o objetivo de perder peso. No mesmo ano se inscreveu em sua primeira competição, em Blumenau, e nunca mais parou.

Quando engravidou da mais nova, Manuela, Graziela continuou correndo até completar sete meses e meio de gestação. “Claro que não treinava tão forte, fazia só 5 quilômetros”, conta. Assim que o médico a liberou para treinar, 30 dias após o parto, Grazi voltou a correr.

Agora, além da corrida, ela também treina ciclismo e natação com a equipe da Atribrusque. Para conseguir conciliar as coisas, a mãe atleta tem uma rotina bem pesada. Ela trabalha de manhã, cuida da caçula à tarde e, já no fim do dia, enquanto a mais velha está fazendo aulas de inglês, se dedica aos treinos. “Às vezes treino de manhã, cedo, às 5h, mas, como tenho um pouco de preguiça de levantar tão cedo, prefiro treinar de tardezinha”, confessa Grazi.

Em alguns momentos essa rotina fica ainda mais puxada, quando ela e o marido, Rafael Bertolini, que também é atleta, treinam para provas maiores. Em casos como no treino para o Ironman 70.3, realizado em Florianópolis em abril deste ano, ela e Rafael Bertolini se revezam para treinar e cuidar das crianças.

“Às vezes nem sei como dei conta, foram quatro meses muito puxados. A prova em si foi a festa. Havia muitos amigos da Atribrusque lá, foi muito bom”, declara Grazi, que completou o percurso de 1900 metros de natação, 90 quilômetros de ciclismo e 21 quilômetros de corrida em 5h40min26s. Ela foi a 19° colocada na categoria de 35 a 39 anos.

O Ironman pode ter sido a prova mais puxada deste ano, por enquanto, mas Graziela também participou da Corrida dos Trabalhadores no último dia 6. ”Nessa prova fui no meu limite o tempo todo e acabei fazendo o meu melhor tempo. Fiquei em terceiro lugar no geral”, conta.

Agora, a brusquense se prepara para a Corrida Rústica da Polícia Militar, que será realizada em Brusque no próximo domingo (20). “Comparando com os treinos de triatlo é bem mais leve, já que faço uma ou duas horas de corrida por dia, e ainda nado duas vezes por semana. As provas curtas são mais fáceis para administrar o tempo”, observa.

Mesmo com o exemplo dos pais, Graziela conta que sua filha mais velha, Gabriela, não se interessa tanto por esportes. “Ela faz vôlei, mas não tem muito interesse. Não forçamos nada, também éramos sedentários e o interesse veio com o tempo. Queremos manter como uma brincadeira para ela, de vez em quando ela participa de uma prova para crianças, mas se ela vier a gostar, vai ser por si mesma”, conta.

Contudo, uma rotina da vida de atleta já é sagrada em casa para todos: a alimentação. “Penso muito em saúde e qualidade de vida. Então, em casa comemos coisas saudáveis. Mas se vamos em um aniversário, claro que elas comem umas besteiras, até porque tem muita energia para gastar. Mas não tomamos refrigerante, não entra em casa, só permitimos em festas de aniversário”, diz Grazi.

Para a mãe e atleta, o segredo de conciliar tudo é muita disciplina. “Tem que ter disciplina. Todo dia vai ter alguma coisa. Você vai estar cansada, e todo dia vai ter uma desculpa para não ir. Mas o esporte ensina isso, a nos disciplinarmos”, termina ela