Home Brusque Olimpíadas inspiram a prática de esportes por atletas amadores e estimulam cuidados com a saúde

Olimpíadas inspiram a prática de esportes por atletas amadores e estimulam cuidados com a saúde

Médicos chamam a atenção para a importância de fazer exames antes de iniciar uma atividade e manter uma periodicidade caso inicie esportes de alto rendimento

por Redação
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A partir desta semana os olhos da atleta Nicolly Crepas, de 15 anos de idade, da Associação Brusquense de Ginástica Rítmica, estarão em Tóquio, junto com uma de suas maiores inspirações, a Israelita, Linoy Ashram, que disputa os Jogos Olímpicos. Há cinco anos na equipe de rendimento da associação, Nicolly também se inspira nas atletas profissionais para cuidar da saúde, desde quando iniciou na ginástica.

“É importante ter um exame médico para estar apta a praticar o esporte. Na Associação, quando passamos da escolinha e para o rendimento, equipe de competição, temos que ter mais cuidado, como ter um acompanhamento de nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogo, além dos exames de rotina”, conta a atleta.

Assim como para a Nicolly, é comum quando temos eventos televisionados como Olimpíadas, Copa do Mundo e outras competições com bastante divulgação, que as pessoas se empolguem para começar a fazer atividades físicas e as vezes, inclusive, de alto rendimento ou mais intensas. Porém, segundo o médico cardiologista, Júlio César Bork, membro da Associação Brusquense de Medicina – ABM, sempre que partirmos de uma atividade recreacional para uma atividade de competição ou mais intensa, é importante fazer uma avaliação médica.

“Os riscos são os mais variados, desde problemas osteomusculares até problemas cardíacos como arritmias ou infarto, dependendo muito da idade e dos fatores de risco de cada paciente. Então, sempre que fizer alguma atividade física mais intensa, de alto rendimento ou competitiva, faça uma avaliação prévia”, lembra o médico, ressaltando que não tem idade para fazer atividades físicas, fundamental é estimular desde crianças até os mais idosos a se movimentarem. 

Ainda assim, quando falamos das crianças, o cardiologista diz que “o ideal seria não incluí-las em atividades de alto rendimento ou competitivas, antes do completo desenvolvimento do corpo, sendo aconselhado chegar na puberdade. Porém, cada vez mais, vemos crianças em competições e isso começa desde a idade escolar até a adolescência. Neste caso, é importante sempre acompanhar estas crianças de perto e, quanto mais jovens, mais cuidados deve-se ter com elas”.

Ainda segundo o especialista, é importante destacar que a prática de exercícios é fundamental para todas as pessoas, por isso “os exames sempre serão direcionados para cada um individualmente, no momento da avaliação. Não são os mesmo exames para todos, dependendo muito da idade do paciente, dos fatores de risco que estes pacientes tem e do que a gente conversa numa consulta, mas basicamente o que a gente acaba fazendo pra todos é um exame físico detalhado e um eletrocardiograma”.

Lembrando ainda que, para os exercícios simples do dia a dia, tais como dança, caminhada ou atividades que não exijam muito da pessoa, quanto menos limitações criar para o início de uma atividade física, melhor. Porém é importante fazer seus exames anuais, e conversar com seu médico de confiança. Já quando falamos em atividades de alto rendimento como corridas em competições, bicicletas com longas distâncias, triathlon, exercícios mais intensos ou competitivos, o ideal é fazer uma avaliação cardíaca e nesta, o médico vai determinar , quais exames  serão necessários .

Essa foi a escolha da Ana Paula Fischer Vieira, que hoje aos 42 anos de idade, é triatleta amadora. Sempre teve o incentivo do avô “Pipoca”, para estar ligada ao mundo do esporte, onde já praticou natação, atletismo, basquete e tênis, mas se apaixonou pelo triathlon, ao ver a atleta Fernanda Keller em todas as suas competições. Preocupada com a saúde no esporte, sempre contou com acompanhamento de várias especialidades médicas.

“Para poder dar conta de tudo, com saúde, optei em ter acompanhamento de educadores físicos, fisioterapeuta, nutricionista, ortopedista e cardiologista. Para fazer uma atividade física com segurança, não abro mão de estar bem acompanhada de excelentes profissionais da área da saúde, como também fazer regularmente exames de acompanhamento. A atividade física é parte importante do meu dia a dia, é com ela que encontro equilíbrio e ajuda para recarregar a energia diária. Geralmente meus treinos são divididos entre academia e ambientes externos, onde posso estar em contato com a Natureza e me beneficiar de tudo que ela tem para nos oferecer”, conclui.