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Opinião: O caso cuca e o papel do jornalismo

A polêmica da semana foi a contratação do técnico Cuca no Athletico-PR

por Sidney Silva
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Por Sidney Silva – Editor de EsporteSC

A polêmica da semana foi a contratação do técnico Cuca no Athletico-PR, acusado de um caso de estupro em 1987, na Suíça, contra uma criança de 13 anos. O assunto tomou conta do noticiário nacional e politizou o debate na mídia e nas redes sociais entre defensores do treinador e pessoas contra a contratação pelo Furacão, como se isso fizesse alguma diferença na opinião de Mário Celso Petraglia, o mandatário máximo do clube.

O que mais chamou a atenção, no entanto, foram os julgadores de plantão e, mais uma vez, a trágica atuação da mídia sobre o assunto. A mesma mídia que já havia derrubado o treinador do Corinthians no ano passado, trazendo à tona o fato e fazendo seu julgamento mais de 30 anos depois, sem sequer ter lido ou tido acesso a uma única página do processo.

Que o Brasil tem uma imprensa com viés ideológico todos sabemos, mas chama a atenção o papel que se prestam jornalistas como Ana Thaís Mattos, André Rizek e tantos outros globais. Sem nenhum pudor, julgam, condenam, massacram e fazem tudo que dizem combater. São pessoas sem nenhum compromisso com a verdade e que prestam um desserviço ao jornalismo. Esquecem que o Brasil tem um ex-presidiário no poder, esse sim, apoiado por eles e condenado em três instâncias, com fartura de provas, bem diferente de Cuca, aliás uma comparação até injusta, já que Cuca não teve condições de se defender das acusações ao qual foi imputado, muito menos teve sua sentença anulada porque tinha amigos poderosos no Judiciário.

Em resumo, Cuca, como o atual presidente, teve sua condenação anulada. É, sim, como Lula, um “descondensado”, e como diria Wiliam Bonner, “não deve nada à Justiça”, então, qual a lógica de impedi-lo de trabalhar?

Para começar, o processo do qual Cuca é acusado ocorreu em segredo de Justiça e, diferente do que dizem jornalistas e páginas com viés de esquerda, ele nunca respondeu por estupro, mas sim, por coação de menor. O segundo fato é que, desde então, ocorreram diversas versões sobre o caso. Nada oficial! Há uma delas, publicada pelo portal GloboEsporte.com que diz que havia sêmen de Cuca na perna da criança, versão nunca comprovada. Há outras que dizem que Cuca não foi reconhecido como o estuprador e que seu teste de DNA deu inconclusivo. Também não comprovada oficialmente.

O fato é que nunca saberemos o que ocorreu em Berna, cidade suíça, em 1987. A vítima, infelizmente, faleceu em 2002 e a justiça europeia disse que o caso está prescrito, em resposta a um recurso do próprio treinador, que pediu a abertura do caso para provar sua inocência.

Com os erros do processo e pelo fato de ser julgado à revelia, a Justiça Suíça não só anulou o processo contra Cuca, como ainda indenizou o treinador. Mas, para os justiceiros de plantão, entre eles jornalistas da Rede Globo e até mesmo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o treinador jamais deveria voltar a trabalhar. Curioso, não?

Por fim, esses irresponsáveis ainda alimentam o ódio na rede inflamando pessoas e mulheres contra o treinador, como uma prisão perpétua. Não bastou uma jovem de cerca de 20 anos ter se suicidado recentemente vítima de uma página de fofocas vinculada à esquerda que propagou uma Fakenews. Da mesma forma, agora, propagam o ódio e o desprezo ao treinador.


Até quando?