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Pico Caratuva: A conquista do 2º maior do Sul do Brasil

Por Fernanda Rezini, especial. O mês de maio começou com muita aventura na veia…

por Redação
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Por Fernanda Rezini, especial.

O mês de maio começou com muita aventura na veia dessa dupla aventureira. Nos dias 6 e 7, a trilha escolhida foi a do Pico Caratuva, o segundo maior do sul do país (1.854 metros acima do nível do mar), com direito a acampamento no cume da montanha. O local está situado na cidade de Campina Grande do Sul (PR), dentro da Fazenda Pico Paraná. O acesso à trilha é controlado pelos proprietários e tem o custo de R$ 15 por pessoa.

Na chegada, é só estacionar o carro, fazer o pagamento, assinar o livro de controle do Parque e iniciar a jornada. A nossa, da Aventura de Férias, começou por volta de 10h30. O percurso exigiu bastante. A trilha estava úmida na maior parte do trajeto e haviam vários trechos bem lamacentos – tinha tanta lama, que apelidamos estes trechos de “manguezal”. Por vezes, tivemos que escalar pedras, inclusive com o auxílio de cordas.

Fizemos o percurso de ida em 5h30min, completando os 5km de caminhada até o ponto mais alto da montanha, onde montamos o acampamento. Na chegada, alguns faziam o mesmo trabalho com suas barracas, outros contemplavam a paisagem. Já passavam das 15h, quando fomos preparar o almoço. O visual era incrível, o céu azul, com muitas nuvens ao redor. O sol nos aquecia e, na nossa frente, avistávamos o imponente Pico Paraná, o primeiro da lista nos mais altos do Sul do Brasil. O pôr do sol também foi um show à parte, apesar do nevoeiro.

Logo após o pôr do sol começamos a preparar o jantar, pois ventava muito e a umidade aumentava a cada momento. Ligamos o fogareiro e cozinhamos um arroz de saquinho, que foi misturado com bacon e ovo frito. Uma delícia! Outros parceiros de aventura cozinhavam os mais variados menus, no estilo MasterChef! Teve até macarrão parafuso com cebola roxa, alho e atum, finalizado com muito orégano. Este prato ganhou a medalha de ouro, e rendeu boas risadas. Junto com a refeição noturna, muitos tiraram da mochila o tradicional vinho (e tínhamos as mais variados tipos: branco seco de uva niágara, chileno, tinto suave). Engana-se quem pensa que aventureiro come muito mal. À noite, o frio alcançou a temperatura de 4,6ºC, com sensação térmica bem menor…era tão intenso, que às 20h todos já estavam recolhidos.

Depois de uma noite de muito mexe-remexe na barraca, despertamos às 5h50 com nosso amigo Fabiano gritando “olha o sol”! Espreguiçamos mais um pouco e, às 6h, saímos para apreciar o espetáculo. Infelizmente não conseguimos assistir o raiar do sol por completo por causa das nuvens. O sol apareceu tímido entre o nevoeiro por três ou quatro vezes. Fizemos um café da manhã gostoso, com gostinho de café passado. Sabe como? Colocamos uma porção de pó de café em um filtro de papel tradicional, amarramos com um barbante formando um saquinho. Fervemos água e colocamos o sachê dentro da panela até o café diluir. Deu super certo! Pra comer, rolou um Rap 10 na frigideira com queijo e salame.

Ainda pela manhã, fazia muito frio (em torno de 6ºC) e ventava bastante. Como o céu estava completamente fechado pela névoa, decidimos voltar antes do previsto. Às 9h10min iniciamos a descida, chegando na base após 4h30min de caminhada. Fechamos a trip com um almoço servido pelo pessoal da Fazenda e seguimos rumo à terrinha natal.

Cada viagem dessas é especial. Mas, essa teve um gosto diferente. Além das risadas e da paisagem, a troca e a interação entre o grupo são os pontos mais marcantes. Apesar de cada um carregar sua mochila, quando se chega no acampamento, o “meu” equipamento se torna “seu”, se torna “nosso”. Toda comida é compartilhada, cada um come um pouco de tudo. Cada um divide o que tem, independente da porção ou do valor.

Além da aula de companheirismo, a natureza também nos ensina a cada atividade. Nos mostra o quanto somos pequenos e insignificantes e, ao mesmo tempo, prova que com muita força de vontade podemos alcançar o inimaginável, e chegar aos lugares que a maioria das pessoas somente conheceria por foto.

Na mochila (10kg cada):

PARA COMER:

Lanche rápido: barras de cereal, carboidrato em gel, mel em sachê, salgadinho de polvilho, chocolate

Almoço: miojo e suco em pó

Janta: arroz de saquinho, ovo, bacon e suco em pó

Café da manhã: Rap 10 com queijo provolone e salame; mini waffle de chocolate; sachês de café

PARA DORMIR:

01 isolantes térmicos aluminizados cada

01 saco de dormir

01 colchão inflável

01 travesseiro inflável

Barraca Naturehike (3 pessoas) – 1,8 x 2,0m

PARA VESTIR:

02 camisas dry fit para cada

02 anoraques (impermeável e corta vento) para cada

01 casaco fleece para cada

02 pares de meia de trekking para cada

01 gorro de lã para cada

01 ecohead

02 pares de luva para cada (sendo um tipo de luva somente para uso na trilha e outro em tecido fleece para aquecer as mãos no acampamento)

OUTROS ITENS:

Apito (item obrigatório neste Pico – e importante em qualquer outra aventura – para usar somente em caso de emergência)

Lanterna de cabeça e pilhas extra

GoPro e 02 baterias reserva

Celulares

01 fogareiro e 01 gás

02 pratos

02 canecas

Talheres, sal, açúcar, leite em pó

Sacolas extra para embalar itens que podem voltar sujos e também carregar o lixo produzido

Medicamentos (analgésico, relaxante muscular)

Lenço umidecido, pente, escova e pasta de dente e desodorante

Acesse as redes sociais da dupla aventureira:

Blog e loja virtual: aventuradeferias.com.br

YouTube | Instagram | Facebook: @aventuradeferias