Home Ciclismo Ciclista brusquense compete com os melhores do mundo

Ciclista brusquense compete com os melhores do mundo

André Gohr esteve disputando durante os dias 18 a 24 de janeiro a principal competição de ciclismo das Américas. Ciclistas como Peter Sagan, slovaco campeão do mundo, Vincenso Nibali, italiano campeão das 3 grandes Voltas do Mundo – Vuelta, Giro e Tour – Nairo Quintana, colombiano campeão do Giro de Itália, entre outros grandes nomes mundiais, estiveram presentes nesta importante prova do calendário da UCI.

por Redação
0

A emoção de alinhar ao lado dos maiores ciclistas do mundo esteve presente para o jovem brusquense André Eduardo Gohr. Integrando a seleção brasileira durante o Tour de San Luis, na Argentina, André esteve disputando durante os dias 18 a 24 de janeiro a principal competição de ciclismo das Américas. 

Ciclistas como Peter Sagan, slovaco campeão do mundo, Vincenso Nibali, italiano campeão das 3 grandes Voltas do Mundo – Vuelta, Giro e Tour  –  Nairo Quintana, colombiano campeão do Giro de Itália, entre outros grandes nomes mundiais, estiveram presentes nesta importante prova do calendário da UCI.

Com apenas 19 anos de idade, esta experiência ficará marcada em sua memória. Com os objetivos voltados para a temporada do calendário europeu, André utilizou esta competição como um treino de luxo, pois já era sabido que ele ainda não se encontra em condições de disputar com os grandes do Mundo. 

O fato de poder competir uma prova com um ritmo alucinante, irá auxiliar no seu processo de desenvolvimento dentro do ciclismo. O comportamento do pelotão, o desafio das altas montanhas, a estrutura das equipes pro-tour, enfim, tudo um grande aprendizado. 

André agora viaja para a Suíça no final de fevereiro, onde estará sendo utilizado no projeto mantido pelo Comitê Olímpico Brasileiro, juntamente com a Confederação Brasileira e a Caixa Econômica Federal, no Centro Mundial de Ciclismo da União Ciclística Internacional. Este será o terceiro ano consecutivo que o brusquense estará aproveitando toda a estrutura mantida pela UCI, com um objetivo único: tornar-se um ciclista profissional.

Na Argentina, o melhor desempenho da seleção brasileira ficou para Caio Godoi Ormenese, que teve uma excelente performance na 1ª etapa. Na classificação geral individual, o melhor resultado alcançado também ficou para o jovem Caio, que terminou o Tour na 6ª colocação da categoria Sub-23 . 

André se sentiu mal durante a 3ª etapa, onde teve um mal estar estomacal. Mas mesmo assim conseguiu completar o seu primeiro grande teste com os melhores do mundo. Na classificação geral, André terminou com a 13ª colocação na categoria Sub-23. A formação da nossa seleção nacional foi direcionada para uma fase de reformulação de nosso ciclismo, com cinco ciclistas jovens, da categoria Sub-23, e apenas um atleta com mais experiência, o ex-campeão brasileiro, Antônio Garneiro.

Diante desta escolha da Confederação Brasileira, a dificuldade de se conquistar melhores resultados já era esperada. O objetivo principal é a formação desta nova safra de ciclistas, para que efetivamente haja uma renovação em nosso ciclismo nacional. 

Em Brusque temos mais um ciclista nesta faixa etária que deverá ser aproveitado em futuras convocações, Áquila Roux. Ele já representou o nosso País na disputa do Campeonato Mundial de Júnior, no ano de 2013 na Itália. 

No ano passado, disputou a Vuelta Internacional a Maule no Chile, competição esta, que ele conquistou a vitória de uma etapa no ano de 2014, defendendo os interesses de sua atual equipe, a Dataro, de Curitiba. É, sem dúvidas, um ciclista promissor, que deverá ser aproveitado muito em breve.


Vamos aproveitar para fazer algumas perguntas ao André Gohr sobre a disputa do Tour de San Luis:


Coluna: Qual a sua avaliação sobre a organização do evento? Hotéis, alimentação?

André: A organização foi excelente. Não tem do que reclamar. Muitas pessoas trabalhando. Tudo o que precisava a gente tinha, e sempre tudo muito organizado, cumprindo horários e compromissos. Hotéis sensacionais, alimentação muito boa, enfim, uma competição de altíssimo nível em todos os sentidos.

Coluna: E sobre a sua participação?

André: Considero que foi boa para o início de temporada. Não sabia o que esperar, mas acredito que pela preparação que fiz e por estar competindo com os melhores do mundo, foi um bom resultado. Acima de tudo foi uma semana de aprendizado e crescimento. Claro que fica sempre aquele gostinho de podia ter feito mais, mas tenho certeza que vou ter uma boa temporada. O ano está só começando.


Coluna: O que mais chamou a sua atenção?

André: O fator que mais chamava a atenção era a paixão do público pelo ciclismo. Todos os dias, inclusive antes do início da prova, nas largadas e chegadas e nos hotéis, sempre havia uma multidão apoiando todos nós ciclistas.

 

Coluna: E os pro-tour? Quem é o mais simpático ?

André: Sobre os pro-tour é tudo aquilo que as pessoas pensam e muito mais. Ambiente totalmente profissional, mas ao mesmo tempo todos são amigos e estão ali por um mesmo motivo. Pelo prazer de correr de bicicleta. Com certeza o mais carismático de todo o pelotão é o italiano veterano Michele Scarponi. Gente fina demais.


Coluna: O povo argentino valoriza esta competição ?

André: Com certeza o povo valoriza muito este evento. É um país onde o ciclismo está na cultura, e isso faz muita diferença.


Coluna: A imprensa prestigiou o Tour de San Luis ?

André:  A imprensa esteve presente com muita estrutura. Helicópteros e diversas veículos acompanhando as etapas. Transmissões ao vivo por televisão, rádio e internet. Todos os dias a televisão que tinha os poderes da transmissão do Tour fazia um resumo das etapas no fim do dia, com entrevistas e matérias interessantes sobre a competição, afinal de contas os melhores ciclistas do planeta estavam aqui na América do Sul, e isso não acontece todos os dias.