Entre motores que rugem alto, trilhas cheias de lama e um clima cheio de adrenalina, a Fenajeep 2025 chega à sua 31ª edição com um propósito que vai muito além da competição. É uma celebração da cultura off-road feita por pilotos, mecânicos, famílias, empreendedores, iniciantes e veteranos, todos juntos na paixão pela velocidade.

A festa começou oficialmente na quarta-feira (19), com o tradicional hasteamento da bandeira do Brasil, e desde então o Complexo Chico Wehmuth, na Estrada da Fazenda, se transformou em um verdadeiro parque temático para quem ama jipes, aventura e tudo que envolve o off-road.
Uma paixão que atravessa gerações
Para muitos, a Fenajeep não é apenas um evento, é uma parte da vida. É o caso de Luiz Gustavo Ullrich, conhecido como Guto, presidente do Brusque Jeep Clube. “A Fenajeep faz parte da história da minha vida. Meus pais já foram da comissão, eu cresci acompanhando os bastidores. Hoje estar à frente da organização é uma honra imensa. A gente abre as inscrições e elas se esgotam no mesmo dia. Isso mostra o quanto o evento é aguardado e respeitado”, conta.
Segundo ele, a edição deste ano reúne participantes de todo o Brasil e da América do Sul. “Vieram equipes da Argentina, do Paraguai, do Chile, e até uma carreta com 15 gaiolas vinda do Nordeste, numa viagem de mais de 4 mil quilômetros. Só do Nordeste vieram cerca de 500 pessoas. Isso nos enche de orgulho”, completa.

A Fenajeep também é um ponto de encontro importante para empresários. Alexandre Dandaro participa do evento desde 2017 e nunca deixou de vir, mesmo estando a mais de mil quilômetros de Brusque.

“A Fenajeep é a maior feira do setor no Brasil. Não viemos só pelas vendas, mas para mostrar que estamos presentes, para reencontrar clientes, fazer contatos. Esse contato direto com o público é muito importante para nós. A região Sul é nosso maior mercado. Aqui a gente se sente em casa”, afirma.
Emoção, superação e estreia na lama
Se há um elemento comum em todos os depoimentos, é a emoção. A Fenajeep mexe com o coração de quem participa. Não importa se é a primeira ou a décima vez.
Diego Titz é um desses novatos. Ele veio apenas para acampar e fazer um passeio tranquilo. “A gente achou que ia só dar uma voltinha, mas quando entra na pista, muda tudo. Tu quer acelerar tudo que o jipe tem. Agora estamos ajustando o carro para correr no domingo”, conta, empolgado.

Já Gilvan Mendes, de Vacaria (RS), é figura carimbada. Participando pela quarta vez, ele trouxe para Brusque um carro novo, com motor V8, e vai usá-lo pela primeira vez na pista da Fenajeep. “Esse evento é o maior da América Latina. A gente se organiza o ano inteiro para estar aqui. E não tem como explicar a energia da pista, o calor do público, a superação dos obstáculos. Isso é o que nos move”, diz ele, que veio acompanhado dos amigos — e espera a chegada da esposa.

E há também histórias de emoção. Idalece Pedro é do Ceará, vive sua primeira Fenajeep e se emocionou ao realizar o sonho de competir. “Sonhei com isso por anos. Muita gente me ajudou a chegar aqui. A pista está incrível, e mesmo com um pouco de receio, estou tirando o máximo do jipe. Passa um filme na cabeça. É difícil colocar em palavras tudo o que estou sentindo”, disse, com os olhos marejados.

A Fenajeep transforma Brusque. Além do impacto econômico direto em hotéis, comércios e serviços da região, o evento movimenta a cidade cultural e emocionalmente. Famílias acampam, grupos de amigos se reúnem ao redor de churrasqueiras, e os mais curiosos observam cada ronco de motor com olhos brilhando.

A Fenajeep 2025 segue até domingo (22). Os ingressos para a XXXI Fenajeep estão à venda pela plataforma One Ticket. O valor do ingresso individual é de R$ 60 no sábado e R$ 50 no domingo. Crianças até 10 anos não pagam. Idosos e estudantes com apresentação da carteirinha pagam meia-entrada.