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Atleta catarinense do Al-Nassr conta expectativa de acompanhar apresentação de Cristiano Ronaldo

Marina Höher esteve em campo, lado a lado com a fera eleita cinco vezes o melhor do mundo

por Sidney Silva
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Depois de conquistar o mundo como melhor atleta do planeta na modalidade de Fut-7 em 2018, a catarinense Marina Höher viveu outro sonho nesta última terça-feira (3). A manezinha de Floripa – que desde setembro atua no Al-Nassr, da Arábia Saudita, nova equipe de Cristiano Ronaldo, teve o privilégio de acompanhar de perto a apresentação de uma das maiores estrelas de todos os tempos.

Marina, que atua na equipe junto com outras atletas brasileiras, pode estar lado a lado com a fera, num estádio abarrotado pela multidão. Ela e outras jogadores do time não só viram de perto, como também tiraram fotos com o craque mundial, eleito cinco vezes o melhor do mundo. “Foi um momento incrível e único na minha vida. Não esperava estar nesse evento”, conta ela, que demonstrou toda emoção em fotos e postagens nas redes sociais.

Em entrevista ao EsporteSC, a jogadora conta que o clube presenteou a equipe feminina para participar da apresentação. “Foi um dia incrível e perfeito. Mais uma vez o futebol me proporcionou um momento único”, destaca, ainda sem parecer acreditar.

Ela ressalta que Cristiano Ronaldo é uma referência dentro do futebol mundial, e o rei do país é fanático e apoiador do esporte. “Esse investimento no atleta visa um futuro de alto nível. A chegada do Cris mudará extremamente a cultura árabe dentro do esporte. Acredito que ele vem para somar dentro e fora do esporte”, comenta, já tratando o atleta com a intimidade de alguém que vai vivenciar de perto o mesmo ambiente da estrela.

Sobre a experiência na Arábia
Desde setembro na Arábia Saudita, Marina Höher foi ao mundo árabe em busca do sonho de toda atleta de futebol: reconhecimento e estabilidade financeira. Tudo isso depois de brilhar ainda no Brasil nos campeonatos de Fut7, com destaque para o ano de 2018 em que foi eleita melhor jogadora do mundo com a modalidade vestindo a camisa do Figueirense/Paula Ramos.

Foi com a equipe alvinegra que ela elevou o seu nome e o nível do esporte, influenciando outras atletas e trazendo mais visibilidade à modalidade. Foram oito anos na equipe, o que lhe rendeu também convocações para a seleção brasileira e a conquista do título mundial da modalidade em Roma, Itália. Uma grave lesão na tíbia, em 2021, gerou preocupação sobre a sequência da carreira da atleta, mas Marina mostrou superação e foi além. Dando continuidade dentro da modalidade, foi uma das protagonistas da equipe do Flamengo no início deste ano, ajudando a equipe carioca a viver seu momento de hegemonia dentro do Fut7.

A proposta para jogar no mundo Árabe foi mais um desafio encarado com maestria pela atleta, que teve a oportunidade de enfim se profissionalizar no futebol de campo. “Assinei contrato para jogar a Premier League. É uma liga nova que vem crescendo a cada temporada”, diz. “O futebol feminino ainda é muito novo no país, o nível é diferente dos outros países mais desenvolvidos . O futebol feminino foi permitido dentro do país há 3 anos. Vim para somar e trazer um pouco do “jeitinho” brasileiro”, conta ela. ”Acredito que somos criados de uma forma totalmente diferente, nascemos com a bola no pé e vejo que isso faz total diferença”, completa.

A temporada de Marina na Arábia Saudita finaliza no mês de fevereiro e ela vive a expectativa de viver mais um grande feito, agora com mais holofotes e fora de terras tupiniquins. “Estou muito feliz e motivada, quero muito levar o troféu de campeã para o Brasil. No momento estamos em primeiro lugar na tabela, faltam apenas 4 jogos para definir o campeão”, comenta.

Questionada sobre o que mudou efetivamente em relação a sua vida com a decisão de jogar no mundo árabe, Marina diz que a motivação não foi somente pela questão financeira. A estrutura, valorização e oportunidade de ajudar a desenvolver o futebol feminino foram outros pontos que pesaram bastante. “Aqui é um país muito novo para o futebol feminino, e estamos muito mais evoluídos na parte externa do campo. Temos uma estrutura diferenciada e muito parecida com a do masculino. Isso faz com que o futebol feminino evolua cada vez mais rápido. Acredito muito no futebol, ele é capaz de mudar vidas e fazer com que sejamos pessoas melhores”, finaliza.

Marina com os técnicos da equipes feminina (à esq.) e masculina do Al-Nassr

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