O educador físico José Armando Vasquez Soto, o Bay, viu o amanhecer do dia 4 de janeiro, do alto de uma das montanhas mais belas da Bolívia, a Huayna Potosí. Com 6.088 metros de altitude, a montanha é um dos picos da Cordilheira dos Andes na Bolívia, e está localizada a 39 quilômetros da capital do país, La Paz.
O feito representa uma grande conquista para Bay, que é boliviano e mora em Brusque há 35 anos. “Eu cresci em La Paz apreciando a Huayna Potosí desde criança. Sempre tive um sonho de subir a montanha e aos 60 anos eu consegui. Foi uma grande emoção chegar lá. Pessoalmente estou me sentindo muito bem, muito realizado”, revela ele, que é educador físico do Centro de Performance e Saúde Grupo do Bay.
A preparação para subir a Huayna Potosí foi realizada ao longo do ano de 2022, com treinos de corrida, ciclismo, natação e fortalecimento muscular. As planilhas de treinamento se intensificaram nos meses de provas-alvo de Bay, que foram a Maratona Internacional de Florianópolis, em agosto, e a prova de triathlon GP Extreme, no mês de outubro. Em seguida, os treinos foram focados na preparação exclusiva para a subida à montanha de gelo.
Já no dia 27 de dezembro, Bay embarcou para La Paz com a família, para os últimos 10 dias de treino, essenciais para a aclimatação à altitude: a cidade está a 3.800 metros acima do nível do mar. Na capital boliviana, o educador físico recebeu todo acompanhamento de seu sobrinho e médico, Javier Armando Aliaga Vasquez.
Subida à Huayna Potosí
A grande aventura à Huayna Potosí começou no dia 2 de janeiro, quando Bay embarcou para o Acampamento Base. Depois do almoço, ele realizou um treino de escalada no gelo durante toda a tarde, importante para os desafios que viriam no dia seguinte. “No dia 3 acordamos às 8 horas rumo ao Acampamento Alto. São três quilômetros de caminhada que se faz mais ou menos em três horas, pela atitude, a gente caminha e para toda hora, se climatizando. Chegamos pouco depois das 11 horas, almoçamos e descansamos. Às 17h fizemos mais uma refeição e às 23h50 saímos para escalar a Huayna Potosí, chegando ao cume às 5h45 da manhã desta quarta-feira, 4 de janeiro. Foi uma grande aventura”, relata Bay.
Com uma rota repleta de geleiras e fendas, a subida da montanha é bastante perigosa e necessita de acompanhamento de guias. Bay subiu com o sobrinho, mais um jovem alpinista e dois guias, de uma empresa especializada. Nos acampamentos, conheceu alpinistas da Suíça, Espanha e Alemanha. “Eu acreditava que escalar a Huayna Potosí era para iniciantes, mas pelo contrário, é uma montanha que tem que ter um preparo muito grande. A madrugada toda escalamos e enfrentamos muitos desafios, ventos fortes, temperatura de 20 graus negativos, tivemos que escalar um paredão de 30 metros, nevando e com muito frio. Observamos muitas fendas nas geleiras, enfim, algo muito perigoso, mas ao mesmo tempo, recompensador. Mesmo diante de tantas dificuldades, o mais lindo foi ver o amanhecer com as montanhas dos Andes pequenininhas, vistas de cima da Huayna Potosí. Foi uma experiência de vida muito grande e é por este motivo que eu sempre repito aos meus alunos e às pessoas que eu conheço: sonhe, acredite e realize”, comenta emocionado.
O educador físico agradece a todos os apoiadores que tornaram a conquista da Huayna Potosí possível: Centro de Performance e Saúde Grupo do Bay, Gaivota Escola de Natação, Livraria e Papelaria Graf, Kohler Joalheria e Ótica, FS Cicle Bike, Laboratório Hoffmann e Onstage.