*Obs: Matéria atualizada às 10h do dia 2/11
As diretorias do Brusque FC e do Clube Atlético Carlos Renaux estiveram reunidas na última terça-feira (31) para negociar a possibilidade de continuação, de uso por parte do Bruscão, da estrutura do estádio Augusto Bauer. Em reformas desde a final da Série C do Brasileiro, há 10 dias, o Gigantinho se prepara para receber gramado sintético, entre outras adequações que estão sendo feitas.
Como o estádio estará em obras durante o Catarinense, o Brusque já anunciou que deve mandar as partidas do Estadual em Balneário Camboriú. Posteriormente, no Brasileiro, a ideia é mandar os jogos no novo estádio do Barra, que está sendo construído às margens da BR-101.
Em meio ao futuro incerto se o Brusque ainda voltará ao usar o estádio de propriedade do Carlos Renaux no futuro, a diretoria Quadricolor se reuniu com dirigentes do Vovô para tratar do assunto. Porém, os clubes não chegaram a um entendimento. Os valores pedidos pelo Carlos Renaux assustaram o Marreco.
Conforme apurado pelo jornalista Rodrigo Santos, o Carlos Renaux pediu ao Brusque R$ 50 mil mensais para que o clube mandasse jogos no estádio. Além disso, o Quadricolor deveria pagar R$ 5 mil por partida para treinar no local. O Vovô também cederia a exploração do bar ao clube em dias de jogos, desde que o Brusque pagasse R$ 25 mil mensais ao tricolor. O Vovô também cobra uma espécie de compensação de R$ 25 mil/mês caso tenha que tampar as placas de publicidade de parceiros em dias de jogos do Brusque.
O Marreco divulgou Nota Oficial na tarde desta quarta-feira (1) para tratar sobre o assunto (Veja abaixo). O clube não entrou em detalhes sobre a negociação, afirmando, apenas, que tem o interesse em fazer uma contraproposta ao Carlos Renaux. O interesse do acordo, no entanto, esbarra num grande entrave: a capacidade do estádio Augusto Bauer.
Em coletiva de imprensa na tarde de quarta-feira (1), o presidente do Carlos Renaux, Altair Heck, o Taico, ao lado do empresário Alex Buschirolli, dono da empresa BHM Têxtil e um sócios da KRCON empreendimentos, responsável pelo investimento no estádio, disseram que desde 2022 vem tentando um acordo com o Brusque e que sequer houve contraproposta para uso do estádio. Eles defendem que a proposta atual é para um contrato de, no mínimo 3 anos, sem aumento no período. Os valores podem ser reduzidos em algumas situações, inclusive em caso de queda do Brusque para a Série C. A capacidade do estádio também pode chegar aos 6 mil projetados pelo Brusque, desde que feitos investimentos pelo clube.
Para os representantes do Vovô, o Tricolor tem capacidade, mesmo sem um eventual aceite do Brusque, de dar andamento aos seus projetos, com reformulações que atendam a necessidade do clube, que hoje joga a Série B do Campeonato Catarinense. Mas Taico e Buschirolli defendem uma união entre Renaux, Brusque e o poder público para que a cidade não saia perdendo. Conforme apurado pela reportagem, no entanto, a Prefeitura de Brusque, por sua vez, só vai auxiliar nas obras do Augusto Bauer caso o Brusque utilize o estádio nos jogos da Série B.
Confira abaixo a nota divulgada pelo Brusque.
“Nota Oficial”
O Brusque esteve reunido na última terça-feira com o presidente do Clube Atlético Carlos Renaux, Altair Heck, o Taico, e o empresário e investidor da reforma do estádio, Alex Buschirolli, para ouvir uma proposta feita pelo vovô do futebol Catarinense para que o Brusque pudesse jogar a Série B do Campeonato Brasileiro em 2024, além de outros itens pré-estabelecidos pelo clube, no estádio Augusto Bauer.
O Brusque Futebol Clube ficou de fazer uma avaliação do que foi apresentado, além de poder fazer uma contraproposta, mas o que está impedindo o clube de fazer essa contraproposta é a capacidade do estádio. Em contato com o presidente Rubens Angelotti, da Federação Catarinense de Futebol, que conversou com o Departamento de Competições da CBF, o Brusque foi informado que para a realização dos jogos da Série B de 2024, a capacidade do estádio deverá ser, no mínimo, de 6 mil pessoas, dessa forma, até o momento, inviabilizando levar os jogos da competição para o Augusto Bauer.”