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Ciclismo – O que podemos esperar nas Olimpíadas

No ciclismo, teremos mais uma vez representantes brusquenses defendendo as cores verde e amarelo. Poucas pessoas sabem, mas estudos comprovam que o surgimento de um atleta olímpico se dá a cada 100 mil habitantes. Considerando que atualmente Brusque possuí aproximadamente 120 mil, nos encontramos acima da média anunciada.

por Redação
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Queiram ou não, este ano as Olimpíadas serão realizadas em nosso País. É o maior evento do esporte mundial, e acontecerá aqui no Brasil. No ciclismo, teremos mais uma vez representantes brusquenses defendendo as cores verde e amarelo. Poucas pessoas sabem, mas estudos comprovam que o surgimento de um atleta olímpico se dá a cada 100 mil habitantes. Considerando que atualmente Brusque possuí aproximadamente 120 mil, nos encontramos acima da média anunciada. ORGULHO para nossa querida Brusque, terra de empreendorismo, de gente audaciosa, onde foi criado e realizado os 1ºs Jogos Abertos de Santa Catarina; do primeiro clube de futebol do Estado; da realização dos 1ºs Jogos Comunitários de Santa Catarina, entre tantos outros fatores marcantes dentro do esporte brusquense.

Nas últimas 6 edições dos Jogos Olímpicos, sempre um ciclista brusquense esteve presente. Não é motivo para se orgulhar ? Não é motivo suficiente para reconhecer e apoiar esta modalidade? Acredito que sim. E existem empresas que ao longo dos últimos 35 anos patrocinaram esta modalidade. O poder público igualmente apoiou o esporte da bicicleta. Mas outras perguntas se fazem necessárias. O apoio é suficiente? Não. Existe a possibilidade de se realizar um melhor trabalho, com mais incentivo? Sim.

Então. O que fazer ?

Bom …. a diretoria da Brucicle está com um projeto muito interessante, onde existe um planejamento para que, num futuro próximo, possamos ter em nossa cidade uma equipe ELITE com toda a estrutura necessária para representar a nossa Brusque na principais competições do calendário nacional, e, principalmente, não deixar com que a história de glórias do nosso ciclismo se perca.

Participar de competições nacionais e internacionais são necessárias para o desenvolvimento dos atletas, mas para isto ser possível, é necessário investimento. O retorno do investimento acontecerá naturalmente, pois com a realização de um trabalho sério, com profissionalismo, os resultados continuarão acontecendo. Temos a certeza disso.

Murilo Fischer é o maior ídolo do ciclismo nacional. Indiscutível. Terá 5 Olimpíadas no currículo; é o único brasileiro a participar e concluir as 3 principais competições do ciclismo mundial – Tour de France (2007, 2008, 2013), Giro D’Itália (2010, 2012, 2013, 2015) e Vuelta a España (2015); entre tantos feitos e conquistas ao longo da carreira.

Mas, INFELIZMENTE, não recebe o reconhecimento merecido na sua própria cidade natal. Por quê isso acontece? Será que é falta de cultura? Inveja? Ou simplesmente porque o ciclismo não é um esporte popular em nosso País?

Sei lá …. o que posso afirmar é que temos que continuar acreditando no esporte. Acreditar no ciclismo de Brusque, afinal, o exemplo está citado logo acima. Temos um ÍDOLO e porque não trabalhar para descobrir outros ídolos aqui em Brusque.

Ah … e sobre o Título da Matéria – O que podemos esperar na Olimpíadas ?

A resposta depende do ponto de vista de cada um. Com relação a resultados no ciclismo, não precisamos esperar por muita coisa. Se o próprio campeão mundial, o slovaco Peter Sagan, afirmou que ele próprio não terá condições de brigar pelo OURO Olímpico, imagina a dureza desta prova de estrada. A prova de resistência, que terá 256 km a serem percorridos, será disputada com um percurso mais voltado aos ciclistas montanheiros. Não sei qual o critério que o COB utilizou para escolher este percurso, visto que não temos nenhum grande atleta com estas características. Mas vamos torcer igual. Dá-lhe Murilo. Vamos com tudo.

Mas o que podemos esperar realmente é que o nosso brusquense consiga completar a prova, e nada mais do que isto. Esta é a realidade.

Teoricamente, a maior possibilidade de resultados para o ciclismo brasileiro ficará por conta da disciplina de Bicicross, com Renato Rezende. Nos últimos anos, a CBC vem propiciando um intercâmbio muito importante para este piloto, e como as disputas no BMX muitas vezes são imprevisíveis, com vários acidentes acontecendo, Renato pode surpreender. Como brasileiro vou ficar na torcida.

Na disciplina do ciclismo de Pista, igualmente um intercâmbio foi disponibilizado para 4 ciclistas, mas as chances de medalhas não existem. No máximo um TOP 20.

No Mountain Bike, na prova de Cross Country, Henrique Avancine deverá ficar entre os TOP 30.

E é isto.

Estamos muito longe de uma tão sonhada medalha olímpica no ciclismo.