A CBF confirmou essa semana a ampliação da Série D de 40 para 68 clubes. Com isso, Santa Catarina ganhou uma vaga e três dos cinco clubes “sem divisão” do Campeonato Catarinense serão agraciados com a participação na competição nacional. A medida beneficia diretamente o Bruscão, que basta não ser rebaixado no estadual para carimbar o ingresso à sonhada Série D. A CBF deve divulgar em breve a data de início do torneio.
O presidente do Brusque Futebol Clube, Danilo Rezini, considera o fato uma conquista para o futebol catarinense e brasileiro. “Esta é uma medida que proporciona a mais clubes terem calendário nacional. Valoriza o Campeonato Catarinense e dá mais perspectiva aos times. Todo mundo ganha”, pontua.
Os 68 times serão divididos em 17 chaves com quatro equipes cada. Os clubes se enfrentam em turno e returno dentro de seus grupos. Os primeiros lugares de cada chave e os 15 melhores segundos colocados avançam ao mata-mata, sempre em jogos de ida e volta. Ou seja: para subir, são necessários 12 jogos (enquanto a fase de classificação do Catarinense tem 18). Dos 68 clubes, 36 jogarão apenas seis partidas.
Apesar de elogiar a ampliação do número de participantes na Série D, o presidente do Bruscão faz uma ressalva em relação ao regulamento da competição. “Nós vamos fazer um contrato de três ou quatro meses com o atleta, e se acontecer de ser eliminado na primeira fase? Daí só temos um mês e meio de jogos, como é que fica? E mesmo quem passar para o mata-mata, cada fase são só duas partidas e sempre com o risco de eliminação”, observa.
Atualmente, o Brusque tem cinco pontos a mais que o Camboriú, primeiro time na zona de rebaixamento. O quadricolor é terceiro colocado na classificação geral e primeiro entre os que brigam pela vaga à Série D. O presidente avalia como boa a chance do Bruscão chegar à competição nacional. “Faltam cinco jogos dificílimos ainda. Todos os times têm oportunidade de alcançar a vaga. Só que nós estamos um pouco acima na pontuação, o que nos deixa um pouco mais perto da classificação”.
Histórico do Brusque na Série D
A quarta divisão nacional terá a sua oitava edição neste ano. O Bruscão participou de duas e em ambas não passou da fase de grupos. A primeira vez foi em 2009, estreia da competição. O quadricolor fez seis jogos, com três vitórias, um empate e duas derrotas. A última foi em 2011, sendo oito partidas, três vitórias, um empate e quatro derrotas. Cinco anos depois, o clube tem tudo para voltar à Série D, desta vez com mais força.
O que muda na Série D?
A competição sempre contou com os quatro clubes rebaixados da Série C do ano anterior mais um número determinado de equipes por estado, neste ano não será diferente. Em 2015, eram 40 equipes divididas em grupos de cinco, avançando os dois primeiros. Com o novo regulamento, os times fazem seis jogos em vez de oito na fase de grupos, porém o número de partidas para conquistar o acesso e ser campeão permanece o mesmo, respectivamente 12 e 16.
Além das 64 vagas via campeonatos estaduais, a Série D contará com: Caxias (RS), Madureira (RJ), Águia de Marabá (PA) e Icasa (CE). Todos foram rebaixados na terceira divisão do ano passado.
Acompanhe abaixo o número de vagas que cada estado tinha e quanto passará a ter em 2016
Estado | 2015 | 2016 |
Santa Catarina | 2 | 3 |
São Paulo | 2 | 4 |
Goiás | 2 | 3 |
Minas Gerais | 2 | 3 |
Rio Grande do Sul | 2 | 3 |
Pernambuco | 2 | 3 |
Bahia | 2 | 3 |
Rio de Janeiro | 2 | 3 |
Paraná | 2 | 3 |
Paraíba | 1 | 2 |
Mato Grosso do Sul | 1 | 2 |
Alagoas | 1 | 2 |
Sergipe | 1 | 2 |
Distrito Federal | 1 | 2 |
Rio Grande do Norte | 1 | 2 |
Ceará | 1 | 2 |
Maranhão | 1 | 2 |
Amazonas | 1 | 2 |
Roraima | 1 | 2 |
Mato Grosso | 1 | 2 |
Tocantins | 1 | 2 |
Pará | 1 | 2 |
Acre | 1 | 2 |
Espirito Santo | 1 | 2 |
Piauí | 1 | 2 |
Amapá | 1 | 2 |
Rondônia | 1 | 2 |