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CRÔNICA: Chocolate e batata

           Todo esse clima de páscoa me lembrou chocolate e,…

por Redação
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           Todo esse clima de páscoa me lembrou chocolate e, se refletirmos um pouco sobre a nossa boa língua portuguesa, chocolate pode significar duas coisas: em termos culinários, o doce mais desejado por todos, mas, em termos esportivos, chocolate significa aquele placar com mais de três gols de diferença, ou seja, sinônimo de goleada.

  E quando se fala em goleada, não tem como não lembrar do Brusque em 2008, na divisão especial, em que os placares chegavam a ser 8×0. Eu diria que foi nessa época que eu comecei a me apaixonar, de fato, pelo Brusque. Quero dizer: eu comecei a ter mais objetivos para ir nos jogos, não somente comer pipoca e tomar guaraná. Eu tinha dez anos e já falava em ser sócio torcedor, mesmo que a idade não permitia – hoje em dia, que a idade permite, faz falta um sistema sócio para o Bruscão (alô, crítica).

  Depois desses jogos históricos, comecei a acompanhar o Brusque não só em casa como fora. Viajei para várias cidades do estado para ver jogos e pude acompanhar várias conversas que vão render muitas crônicas para a minha coluna, mas já que estamos falando de goleada, vou falar de uma pessoa que acompanhou o Brusque durante muito tempo e hoje tem um espaço especial no coração de cada brusquense apaixonado.

  Nas viagens longas, costumávamos dar palpites sobre o placar do jogo. Todos, sensatos, respondiam 2×1, 1×0, 3×1 etc., mas nunca vi o Batata (como era conhecido o amigo Alessandro) dar um palpite diferente de: “9×1 pro Bruscão EOOO”.  Por muito tempo, achei que a emoção da viagem e uns goles de álcool resultavam nesse pensamento, mas um dia perguntei a ele fora do jogo, durante a semana, quanto ele achava que ficaria o jogo e a resposta não foi diferente. Ainda veio acrescentada de um “…e fora o baile!”.