Home Grande Florianópolis Em enquete do EsporteSC, mais de 70% discorda de interrupção de atividades esportivas na pandemia

Em enquete do EsporteSC, mais de 70% discorda de interrupção de atividades esportivas na pandemia

Medida gerou reações diversas entre a população

por esportesc
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Com novo decreto municipal publicado pela Prefeitura de Brusque, ainda no início de março, há mais de 20 dias as academias de ginástica, musculação, natação e afins devem observar ocupação máxima de apenas 30% da capacidade total do estabelecimento. 

Além disso, também pelo mesmo período (que pode ser prorrogado de maneira discricionária pelo Executivo), encontra-se proibido o funcionamento destes empreendimentos entre às 22h e 6h, de segunda à sexta-feira. Isso sem mencionar o lockdown decretado pelo Governo de Santa Catarina, no qual apenas os serviços considerados “essenciais” podem funcionar aos finais de semana. 

A medida gerou reações diversas entre a população. Porém, dentre os que praticam atividades esportivas de maneira regular, os decretos estão longe de representar uma ação eficaz contra a propagação da covid-19. Ao menos é o que mostra um levantamento realizado com os leitores de EsporteSC há cerca de 10 dias.

Em nosso perfil no Instagram, utilizamos a ferramenta “enquetes” para interagir com o público. Veja abaixo os resultados obtidos.

Setor considera medidas equilibradas

EsporteSC conversou com o coordenador do Núcleo de Atividades Físicas da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Leonardo Trindade Ribeiro. Conforme ele, o grupo já vinha conversando desde o mês de janeiro e se preparando para um cenário de restrições, após o aumento dos casos.

“Estávamos nos preparando para o pior. A gente sabia que ia vir algum tipo de decreto e ficamos felizes que houve apenas uma restrição. Por mais que a gente trabalhe com uma restrição de 30%, pelo menos é uma esperança de manter o negócio aberto e o emprego das pessoas que estão contigo”, explica.

Trindade ressalta que, se o lockdown fosse completo, muitos negócios iriam fechar e diversos empregados seriam demitidos. “Já seria o segundo em um ano. E, cara, não tem empresa que aguente. Acreditamos que a melhor atitude foi tomada (…) a gente já sabe que não é nas academias que acontecem a contaminação. É nas praias lotadas, nos bares, nas festas clandestinas. Tem que haver uma conscientização de modo geral para a gente junto passar por essa dificuldade”, continua.

Pra quem já passou por um lockdown completo, poder ocupar 30% da capacidade já é um alento. Apesar disso, Trindade admite que ainda não é o cenário ideal. “Já tem várias e várias pesquisas que mostram que as pessoas que fazem exercícios físicos reduzem em 34% as chances de ocupar um hospital ao serem infectadas (…) já tem pesquisa que mostra que exercício físico diminui a carga viral dos infectados”.

Impactos financeiros

A conta é simples. Com menos pessoas entrando nas academias, o fluxo de caixa também diminui. De acordo com o coordenador, cada estabelecimento precisa, neste momento de exceção, gerir essas perdas da forma mais coerente possível. “Como que vai fazer? Vou cobrar o mês cheio do cliente, dar desconto? Se com todo mundo já estava difícil, imagine agora. Muitas pessoas foram recontratadas recentemente, e agora? Está bem difícil, mas menos mal que não foi uma restrição total que nem foi das outras vezes”.