A Federação Catarinense de Basketball reuniu nesta quarta-feira (4) em Brusque, dirigentes e representantes dos clubes catarinenses para discussão sobre o futuro do Campeonato Brasileiro de Basquete. Estiveram presentes membros da diretoria de todos os times catarinenses previamente inscritos na competição: Brusque Basquete/FME/Trimania/Aradefe, Apab/Blumenau, Unisociesc/Joinville, Blackstar (Joinville).
Os clubes realizaram uma webconferência com os representantes de demais equipes, de diversas regiões do Brasil, para tratar do campeonato, que deveria ter iniciado em março, mas acabou postergado em virtude da pandemia do novo coronavírus.
O presidente da FCB, Fábio Deschamps, esteve acompanhado do vice, Sérgio Carneiro, o Serjão, e do coordenador técnico da FCB, Luiz Gastão Dubois. Ele diz que a reunião serviu para que todos pudessem conhecer a situação individual de cada clube, bem como do reflexo da pandemia nos estados das equipes participantes, para que isso incrementasse na discussão sobre a possibilidade de realização do campeonato. “Foi decidido que, no momento, não há condições de sequer marcar uma data para retorno da competição. Vimos que as equipes confirmadas estavam todas na mesma situação, esperando a incógnita da pandemia. O lado importante é que todos estão juntos, com a consciência de voltar, mas com toda segurança. É isso que Santa Catarina quer e essa é a posição dos nossos clubes”, diz.
Vice-presidente da FCB, Serjão vê com ressalvas a possibilidade de realização do campeonato. Apesar do esforço dos clubes, ele comenta sobre a imprevisibilidade da pandemia. “A situação não está melhorando, está ficando igual ou pior, então, a gente tem muito pouco a decidir, a não ser retardar e aguardar a próxima reunião”, observa. “Acredito que, se começar em setembro, que é o que se espera que pode acontecer, vamos ter que mudar a fórmula de disputa, porque fica muito caro como estava, e inviável para os clubes. Eu, particularmente, acredito que seja difícil acontecer o campeonato, mas, se for em setembro, encontro mais rápido e uma coisa mais local, é possível”, complementa.
Pelo lado dos clubes, Rodrigo Lima, presidente do Blackstar, vai na mesma linha. “Infelizmente, não tivemos definições concretas e a probabilidade do campeonato acontecer reduz a cada dia. Algumas equipes tendem a não participar. Ficamos tristes, pois a gente vinha se preparando desde novembro. Soluções precisam ser encontradas, mas, se manter a fórmula atual, fica inviável em meio à pandemia”, afirma.
Zurico Frota, presidente do Brusque Basquete, ressalta que ainda é cedo para projetar o futuro da competição. “Ainda continua tudo muito prematuro. O mais importante foi os clubes se reunirem para saber o posicionamento de cada um, mas é algo que não depende de nós, mas das secretarias de Saúde, Governo do Estado e Municipal. A própria Arena Brusque segue interditada. Não podemos colocar, de nenhuma maneira, algum atleta em risco, isso é o mais importante”, observa.
Para Marcelo Georg, presidente da Apab, as dificuldades são as mesmas para todos os times. “Há essa ideia de que o campeonato inicie em setembro, mas precisamos discutir, também, o formato dessa competição, como vai ocorrer, e quais serão os clubes confirmados. Hoje, temos 14”, comenta. “Com possibilidade do campeonato começar em setembro, creio que temos um parâmetro para as equipes se organizarem a partir de 1º de julho, voltando a treinar e atendendo os protocolos, para, pelo menos, termos um encaminhamento”, complementa Kelvin Soares, diretor e técnico da Unisociesc/Jonville. Uma nova reunião entre os clubes será realizada em 13 de julho.