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FME Brusque estimula participação de jovens no Campeonato Municipal de Bocha

Além do número de equipes, vários atletas participam pela primeira vez da competição

por esportesc
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Um dos esportes mais populares do município, a bocha passa por um momento de reafirmação após um cenário de futuro incerto nos próximos anos. Para os mais velhos, a falta de renovação na modalidade pode fazer com que esse esporte tão praticado deixe de existir nas próximas décadas.

Em cada cancha do município, é praticamente consenso de que essa disputa tão apaixonante precisa de renovação para não deixar o calendário do esporte vazio. É pensando nisso que uma das principais prioridades da Fundação Municipal de Esportes este ano tem sido o resgate da modalidade.

O primeiro objetivo foi cumprido, com a participação de 24 equipes na edição do Campeonato Municipal, seis a mais do que o ano passado. Além disso, a FME também fechou uma parceria de premiação com a empresa TuttiAgro para valorizar e incentivar mais as equipes participantes.

Outro passo que já vem acontecendo com sucesso é a participação de diversos novos atletas que participam da competição pela primeira vez, como é o caso de Kauã Kohler, de apenas 16 anos. Com a bocha enraizada na família, ele joga ao lado do pai, Rogério, pela equipe Tiago Motos/Caçador B, e comenta sobre a experiência. “Está sendo algo muito legal. Tem um pouco de pressão pela idade, mas estamos aí para tentar”, relata. “A bocha é um esporte saudável e espero inspirar outros a estar na cancha”, completa, para orgulho do pai. “Fico muito feliz, pois a bocha não pode acabar. É uma tradição que já vem de berço. Meu opa era dono de cancha, se ele estivesse vivo, com certeza estaria muito feliz. Mas está vendo lá de cima que seguimos com isso no sangue”, destaca.

Kauã Kohler, de apenas 16 anos, ao lado do pai, Rogério – Ambos representam a equipe Tiago Motos/Caçador B

Assim como Kauã, João Lucas de Souza, da equipe Paquetá B, também tem 16 anos e é um dos atletas caçulas dessa edição do municipal. “Gosto bastante de jogar. A bocha é um esporte que talvez não seja levado muito à frente. É difícil ver gente nova jogando. Mas quero muito continuar, pois todos na minha família gostam muito. Nossa relação com a bocha é muito grande, com pai, avós, tios, ‘dindos’, todos jogam”, comenta.

O pai de João Lucas, Jair Souza, é presidente da Associação Paquetá e mostra satisfação dupla em ver o filho nas canchas. “Desde que assumimos o clube, estamos reestruturando e resgatando muitas coisas. E, claro, fico feliz de ver meu filho jogando, pois é um esporte que une a família de Brusque”, afirma.

João Lucas e Jair de Souza: paixão de pai para filho unem representantes da Associação Paquetá

União também que marca a amizade dos jovens Dilo Melzi Neto, 27 anos, e Luiz Nogueira, 28. Ambos jogam pela equipe da Abresc. Uma das novidades entre os participantes deste ano, a equipe do bairro Águas Claras entrou na disputa recheada de jovens atletas. “Jogo bocha por causa do meu pai. Desde criança ele me levava para cancha. Foi então que peguei gosto e essa influência me fez participar da competição”, comenta Dilo.

Luiz Nogueira e o amigo Dilo: renovação na Abresc, que volta a participar da competição

O diretor-geral da FME Brusque, Edemar Aléssio, o Palmito, mostra felicidade pelo incremento do número de equipes e, sobretudo, por novos jovens estarem aparecendo na modalidade. Ele ressalta que a intenção é criar torneios e fazer ações paralelas que englobem a juventude e também às famílias, como, por exemplo, “campeonato de bocha entre casais e competições entre pais e filhos”.

Da mesma forma, o diretor-geral da FME, Marciano Giraldi, foi outro que enalteceu a participação da juventude na competição. “É um começo de um trabalho, e ficamos felizes por isso. Só temos que parabenizar aos pais e as famílias que estimulam essa juventude a participar do esporte. Esperamos que isso possa servir de exemplo para que possamos fazer essa renovação ano a ano”, finaliza.