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Era uma noite gelada de segunda-feira, com o Gigantinho lotado, o Bruscão precisava vencer o adversário após empatar em 1 a 1 o duelo de ida no Rio de Janeiro. O jogo era válido pelas oitavas de final da competição.
Depois de uma primeira fase impecável, com apenas uma derrota, justamente para o Boavista, o Brusque já havia deixado o Hercílio Luz para trás no primeiro mata-mata da Série D. Na partida em Saquarema, o Bruscão foi melhor e por pouco não voltou com a vitória. O empate em 1 a 1, porém, deixou o time precisando de apenas uma vitória simples, e ela aconteceu ao natural.
No primeiro tempo, retranca da equipe carioca, que buscou segurar o empate a todo custo. Na base da insistência, o Brusque foi premiado numa grande partida de Jefferson Renan, que hoje atua no próprio Boavista.
Após cobrança de falta, Ianson desviou e a bola sobrou na entrada da área para o atacante. Ele dominou com classe e bateu na gaveta, sem chances para o goleiro Marcelo Pitol: 1 a 0. No segundo tempo, o Brusque seguiu melhor, mas não conseguia dilatar a vantagem, num placar apertado. Mas aos 39 minutos, num contra-ataque fulminante, uma das grandes armas da equipe dirigida pelo técnico Waguinho Dias, o time praticamente matou o confronto.
Novamente com a participação de Jefferson Renan, o atacante cruzou para Thiago Henrique marcar o segundo. A alegria no Gigantinho ainda ficou completa quatro minutos depois, quando Zé Matheus completou para as redes após cruzamento do artilheiro Junior Pirambu: 3 a 0 Bruscão para uma festa ensandecida da torcida.
Dos 11 jogadores que iniciaram aquele jogo, sete ainda seguem no clube (Zé Carlos, Edilson, Ianson, Cleyton, Airton, Ruan e Thiago Alagoano). Destes, cinco continuam como titulares, mantendo a espinha dorsal da equipe. O zagueiro Cleyton e volante Ruan seguem no clube, mas hoje figuram entre os suplentes.
“Jogo Memorável”, destaca o diretor de futebol, André Rezini
As lembranças da partida contra o Boavista ainda estão nas memórias do diretor de futebol do Brusque André Rezini. Ele lembra que, naquele momento, o duelo já tratava-se de uma partida histórica para o clube, contra um adversário difícil e já conhecido da primeira fase. “Era uma equipe muito competitiva e com jogadores experientes, de certa forma tínhamos um pouco de receio de enfrentá-los novamente”, relembra.
André ainda ressalta que o jogo passou a ser uma verdadeira loteria para o Brusque. “Se ganhássemos, fatalmente estaríamos classificados, porém se vencêssemos por um gol ou dois de diferença, enfrentaríamos a boa equipe do Caxias, e se abríssemos um placar mais elástico, que sabíamos que era difícil, pegaríamos a Juazeirense, e foi o que acabou acontecendo”. O resto é história. “Depois veio a Juazeirense, avançamos à Série C para encarar o Ituano e depois conseguimos o título brasileiro”, recorda o dirigente do Brusque. “O jogo contra o Boavista foi fundamental. Conseguimos um bom resultado em Saquarema, numa partida muito disputada, e depois trouxemos a decisão para Brusque, no Augusto Bauer, quando conseguimos uma vitória memorável com um golaço do Jefferson Renan, outro do Thiago Henrique e o terceiro do Zé Matheus, já no apagar das luzes”, relembra o dirigente.
Não perca em 15/07. A história do duelo de ida das quartas de final contra a Juazeirense.