Jogadores do Brusque FC não se reapresentam em protesto por salários atrasados

Jogadores do Brusque FC não treinaram em protesto por salários atrasados. Clube aguarda pagamento da SAF. Depois de 22 dias, contrato é assinado. Saiba mais.

por esportesc
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Os jogadores do Brusque FC não se reapresentaram para os treinamentos nesta sexta-feira (21), após retornarem à cidade depois da classificação para a Copa do Brasil. O Quadricolor garantiu a vaga na segunda fase ao vencer o Trem, do Amapá, por 2 a 0, fora de casa, na última quarta-feira (19). No entanto, a não reapresentação dos atletas foi uma forma de protesto contra os salários atrasados, que já chegam a três meses.

Cobrança sobre a SAF e diretoria

Jogadores e membros da comissão técnica cobram explicações da SAF, que assumiu recentemente o clube, e da diretoria presidida por Danilo Rezini. Mensagens enviadas à reportagem reforçam o descontentamento: “Falta de respeito total.” “Os jogadores cobram, e a SAF joga a responsabilidade para a diretoria do presidente Danilo.” “Os mesmos envolvidos seguem suas vidas normalmente, sem um pingo de respeito pela situação do clube.”

Posicionamento do clube

A reportagem tentou contato com Gustavo Lazaretti, homem de confiança dos representantes da SAF, que orientou buscar respostas com o gerente de futebol Pedro Correa. No entanto, Correa não atendeu as ligações nem respondeu aos questionamentos. A assessoria de imprensa do clube também não se manifestou sobre o ocorrido.

Representando o Brusque Associativo, o diretor André Rezini foi questionado sobre a situação contratual da SAF, já que a reportagem apurou que, mesmo após 20 dias da assembleia que aprovou a venda do clube, o contrato ainda não havia sido assinado pelas partes. Rezini tratou a questão com naturalidade, destacando a complexidade do processo de venda de um clube. Segundo ele, o contrato foi assinado hoje (21), e a SAF tem um prazo de 48 horas para realizar o pagamento dos atrasados.

Questão do aluguel do estádio

Outro ponto que gerou discussões foi o aumento no valor do aluguel do Estádio Augusto Bauer. O Brusque pagava R$ 35 mil mensais ao Carlos Renaux, mas a nova pedida foi de R$ 80 mil. A reportagem apurou que esse reajuste ocorreu porque o grupo que assumiu o clube deseja centralizar as operações no estádio, ampliando sua ocupação e uso diário. Rezini afirmou que a questão já foi resolvida entre as partes.

Próximo compromisso em campo

Apesar da turbulência nos bastidores, o Brusque volta a campo neste sábado (22), pela última rodada da primeira fase do Campeonato Catarinense. O Quadricolor recebe o Hercílio Luz no Estádio Augusto Bauer e precisa da vitória para garantir a classificação sem depender de outros resultados.