Na tarde deste sábado (22), antes da partida contra o Hercílio Luz pelo Campeonato Catarinense, o gerente de futebol do Brusque FC, Pedro Costa, concedeu entrevista para esclarecer pontos sobre a transição para a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e os atrasos salariais que levaram os jogadores a se negarem a treinar e concentar nesta última sexta-feira (21), conforme noticiado por EsporteSC. O dirigente também foi questionado sobre reforços e a situação contratual dos atletas.
Pedrinho ressaltou que o processo de aquisição do clube pela SAF envolve prazos burocráticos e que a conclusão formal ocorreu na sexta-feira. “Tempo hábil para discutir algumas cláusulas, finalizar processos, tem toda a parte burocrática. Estamos falando da compra de um clube grande, isso leva um tempo”, justificou.
Sobre o protesto dos jogadores, que não compareceram ao treinamento de sexta-feira, o gerente afirmou que a decisão foi tomada pelos atletas e contou com a compreensão da comissão técnica. Ele reconheceu que a situação é delicada e afeta a motivação dos jogadores, mas destacou que, apesar dos atrasos, os atletas mantiveram o foco durante a Copa do Brasil. Não houve, no entanto, esclarecimentos concretos sobre a situação da quitação dos salários, mas o dirigente confirmou que há previsão em contrato de que eles sejam pagos entre 48 horas e 60 horas após a assinatura que ocorreu na tarde de ontem e que a SAF, a partir de agora, deve se encarregar disso.
Questão contratual e reforços
Questionado sobre possíveis mudanças nos contratos dos jogadores com a SAF, Pedrinho evitou comentar e transferiu a responsabilidade para o setor jurídico. Da mesma forma, ao ser indagado sobre reforços para o elenco, disse que a decisão caberá aos investidores e que o foco no momento é estruturar o clube. “Queremos arrumar a casa, entender os ânimos e acalmar o dia a dia. Mas pode ter certeza que os investidores e a equipe de mercado vão analisar se há necessidade de reforços”, afirmou.
Atrasos salariais na base
Após a publicação da matéria na sexta-feira, o EsporteSC recebeu várias mensagens denunciando atrasos salariais também nas categorias de base. Segundo relatos, os professores estão sendo ajudados pelos pais dos atletas, e as despesas das categorias Sub-15 e Sub-17 estão sendo custeadas pelas famílias para que os times possam disputar competições obrigatórias. “A Federação Catarinense exige a participação dessas categorias para que o Sub-20, de maior interesse da SAF, possa competir”, disse uma fonte. O coordenador da base do Brusque, Andreone Reis, nega as informações (Clique aqui e leia a versão).
Pedrinho não respondeu e também não foi questionado pelos repórteres na coletiva se a SAF também assumirá essas despesas. EsporteSC seguirá acompanhando o caso.