O duelo entre Brusque e Londrina terminou com polêmica após os times empatarem em 0 a 0 no Gigantinho, neste sábado (28), em jogo válido pela 21a rodada da Série B.
Se dentro de campo o jogo foi bem frio, fora dele pegou fogo com acusações de racismo do meia Celsinho, do Londrina, ao presidente do Conselho Deliberativo do Brusque, Júlio Petermann.
Segundo o atleta relatou em entrevista após a partida, o dirigente o teria chamado de “macaco”, no fim do primeiro tempo. A reportagem chegou a presenciar uma grande discussão entre o jogador e pessoas na arquibancada do estádio, mas não foi possível identificar os envolvidos e também eventuais palavras de cunho racistas proferidas.
No intervalo de jogo, o jogador chegou a chamar o quarto árbitro da partida e também o policiamento para relatar o caso. O coordenador da CBF, Ricardo Luiz, foi quem identificou Petermann após sinalização do atleta do Londrina.
O árbitro do jogo, Fábio Augusto Santos, de Sergipe, destacou, em súmula, que, ao fim da partida, foi procurado pelo jogador e pelo diretor executivo da equipe paranaense, o ex-atleta Germano, para relatar o caso. O termo “macaco” não foi mencionado na súmula, mas o juiz acrescentou que Celsinho afirma que teve proferido contra si a frase “vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha”.
O jogador já passou por casos semelhantes nas partidas contra Goiás e Remo, em que profissionais da imprensa fizeram comentários considerados de cunho racista em relação ao cabelo do atleta.
A assessoria de imprensa do Brusque disse que o clube deve se manifestar sobre o caso somente neste domingo (29).
Veja a súmula do jogo