O ano de 2022 foi de mudanças drásticas e de contrastes para a Abel Moda Vôlei, equipe comandada pelo técnico Maurício Thomas. Após uma longa lua de mel com a torcida, com direito a diversos títulos consecutivos e uma heroica classificação para a Superliga A no início de abril, o time agora vive momentos de dificuldade e reformulação.
Em meio a uma controversa mudança de nome e identidade visual (antes a agremiação chamava-se Moda Brusque Vôlei), dificuldades financeiras, baixas importantes no elenco e as, por vezes, infrutíferas e ingratas buscas por novos patrocinadores, a Abel, atualmente, amarga a pior campanha da elite do voleibol feminino profissional. A equipe finaliza 2022 com 10 jogos e 10 derrotas. Tem apenas um ponto e venceu somente três sets em toda a competição.
“Tivemos muitas dificuldades na montagem do elenco, pois, quando decidimos participar da Superliga A, as atletas no mercado já estavam contratadas, e os valores da competição são completamente diferentes da Superliga B. Consequentemente, foi muito difícil fazer esta composição”, confessa Maurício Thomas.
Todavia, mesmo diante deste cenário, o técnico avalia a temporada como positiva, já que, após muitos anos, a cidade, que respira vôlei há décadas, pode ver novamente uma equipe profissional participando da principal competição esportiva da modalidade no país. Vale ressaltar que, até o mês de setembro, a participação das brusquenses na Superliga era uma verdadeira incógnita. “O fato de voltarmos para a elite do voleibol brasileiro é um marco na história. Não tivemos bons resultados no Catarinense (segunda colocação) e nem nos Jogos Abertos (onde a equipe não passou das quartas de final), mas tivemos que fazer escolhas. Não era nossa prioridade. Nossa prioridade era a Superliga A”, salienta.
Reforços
Mesmo confrontando-se com a dura realidade financeira de se jogar uma Superliga, a equipe brusquense continua no mercado. Recentemente, repatriou a veterana campeã olímpica Sassá (ponteira), além das atletas Júlia (central) e Geovanna (ponteira). Com isso, ainda reside a esperança de uma Superliga digna para a Abel Moda Vôlei. A intenção é conseguir uma melhor classificação ao final da competição.
“Agora em 2022 tivemos poucos jogos em Brusque, mas em 2023 teremos várias partidas em casa. Apenas em janeiro e fevereiro, serão sete jogos. Queremos nos estruturar para terminar a Superliga de uma forma lisa, sem dever ninguém, tentando pagar todos os compromissos e cumprindo com todas as exigências do campeonato”, finaliza Thomas.
Retrospecto em 2022
Campeonato Catarinense
Jogos – 15
Vitórias – 8
Derrotas – 7
Superliga B (contando apenas resultados de 2022)
Jogos – 12
Vitórias – 9
Derrotas – 3
Jogos Abertos de Santa Catarina
Jogos – 4
Vitórias – 2
Derrotas – 2
Superliga A
Jogos – 8
Vitórias – 0
Derrotas – 8
Aproveitamento: 48.7%
Foto: Daniel Mafra/Divulgação Moda Vôlei