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Opinião: O Bruscão já é campeão

E não se trata de comparar esses dois feitos brilhantes do Bruscão, mas sim de valorizar ainda mais o que esse plantel, que com certeza perderá peças importantes, frutos de uma justificada valorização, conquistou.

por Sidney Silva
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Editorial: Por Sidney Silva (direto de Manaus)

A mais de 4,3 mil quilômetros de casa, diante um calor infernal e contra 45 mil torcedores, o Brusque FC pode viver o maior ápice de sua gloriosa história neste domingo (18). Campeão Catarinense de 1992, o time só voltou a ter destaque fora do Estado em 2017, após o jogo histórico contra o Corinthians, mas, em 2019, o plantel estrelado por Pirambu, Thiago Alagoano, Jefferson Renan, Fio, entre outros, sob o comando do maestro Waguinho Dias, foi muito além da esporádica aparição nacional contra um dos gigantes do futebol brasileiro.

E não se trata de comparar esses dois feitos brilhantes do Bruscão, mas sim de valorizar ainda mais o que esse plantel, que com certeza perderá peças importantes, frutos de uma justificada valorização, conquistou.

Um grupo que colocou o nome de Brusque na história, agora, definitivamente. O fato é que Brusque hoje não é mais apenas a cidade onde mora o “veio da Havan”, mas sim a cidade de um clube gigante, com uma diretoria comprometida e uma torcida apaixonada, que neste domingo, vem para Manaus, guerrear. Porque literalmente foi isso que esses atletas fizeram durante toda a competição: batalharam, lutaram, se superaram.

Do calor de Juazeiro, ao confronto revertido contra o gigante Ituano, o Brusque conseguiu vencer a luta nos duelos mais importantes que teve pela frente. Mas como a vida é feita de desafios, ainda há mais um grande obstáculo para nossos heróis superarem.

Aí vamos falar novamente de Brusque, a cidade de 130 mil habitantes, representada pela equipe que leva seu nome, terá pela frente um clube que representa uma metrópole 20 vezes maior. Aqui, eles serão 45 mil, contra 50, 70… talvez 80 guerreiros, isso não importa.

E sabe porque não importa, torcedor. Porque não há nada mais representativo do que ver esse sentimento de ser brusquense exaltado em todo canto deste país enaltecendo o nosso querido Bruscão, de ver as cores quadricolores invadindo os gigantes Rio Negro e Solimões, chegando às comunidades indígenas. O fato é que, hoje, em qualquer canto desse continente chamado Brasil, todos conhecem o Bruscão.

E cabe o que importa em meio a tudo isso? É que eles podem ser 45 mil, 2 milhões, podem ser quantos quiserem, porque em campo mesmo serão apenas 11 contra 11, e ali meu amigo, ninguém leva vantagem sobre o Bruscão quando o Pirambu sobe com aquele ímpeto para testar no cantinho, ou quando o Cleyton dá aquela rasgada na bola. O fato é que seja 50, 70, ou 80, torcedores na Arena Amazônia, e seja qual for o resultado da partida, esse Bruscão, para nós, será sempre o campeão.