Home Outros Pilotos de Jeep Cross falam sobre a ansiedade para acelerar na Fenajeep

Pilotos de Jeep Cross falam sobre a ansiedade para acelerar na Fenajeep

Sábado (18) será de muita adrenalina na pista do evento

por Redação
0

O dia amanheceu com os roncos de motores na sexta-feira, 17 de junho, no Pavilhão da Fenarreco. Além das gaiolas, agora os UTVs ganharam o acesso à pista, aumentando ainda mais a ansiedade dos pilotos de Jeep Cross, que aguardam a estreia da modalidade neste sábado, durante a 28ª edição da Fenajeep.

Quem compartilha deste sentimento é Luiz Antônio Ferrarini, 59 anos, de Flores da Cunha (RS). Ele é um dos três pilotos que formam a equipe Toni Racing e, desde 2001, participa da disputa em Brusque. “Já alcancei o segundo lugar. Em 2019, fui o terceiro na categoria. Estou sempre beliscando um bom resultado. Mas reconheço que é necessário investir mais no carro e, quem sabe, ser um pouco mais jovem, para ser campeão”, brinca o piloto.

Para Ferrarini, estar em Brusque neste momento é viver a esperança de dias melhores. Ele ainda se emociona ao falar sobre a morte da irmã mais jovem, vítima da Covid-19. “A pandemia me ensinou a mudar muitas coisas. Quero rever os amigos e me ocupar com o que mais importa. Isso é exatamente o que a Fenajeep me proporciona: estar entre os amigos do Brasil e da América Latina”, afirma.

E, apesar do compromisso de pisar fundo no acelerador, o espírito competitivo de Ferrarini agora diz que a colocação final pouco importa. “Estou aqui para me divertir. O que mais importa é estar entre os amigos. O resultado é só uma consequência”, expressa.

Estreantes

Também de Flores da Cunha (RS), a 28ª Fenajeep conta com uma equipe estreante: a Golden Kar, representada pelos pilotos Rudimar Uberti, 39, e Tarciano Tibolla, 47. Rudimar conta que já correu em Brusque, mas pilotando uma gaiola. O desafio agora é a mudança de categoria: o Jeep Aspirado. “Vendi minha gaiola e deixei o jipe pronto, no final de 2019. Veio a pandemia e ele está parado há dois anos, só esperando por este momento”, revela o piloto.

Rudimar explica que a diferença entre a gaiola e um jipe envolve o controle, velocidade e força. Ele, porém, considera mais difícil pilotar uma gaiola na pista da Fenajeep. “Estou ansioso para fazer esta nova experiência. Estava contando os dias para o evento, sem mencionar a nossa espera pela confirmação da festa em 2022”, recorda.

Tarciano, por sua vez, já participou de edições anteriores da Fenajeep, mas sempre como espectador. “Estava cansado de ficar nas arquibancadas e quis sentir um pouco mais de adrenalina. Por isso me tornei piloto, no final do ano passado”, destaca.

Ainda que já tenha participado de algumas fases do campeonato nacional, ele pontua que nada se compara com a experiência da Fenajeep. “É o maior evento off-road da América Latina. Já sinto o nervosismo, porque aqui tudo é diferente e maior”, enfatiza.

De pai para filho

O campeão do Jeep Turbo de 2019 está de volta! Maurício Allgayer, 32 anos, de Forquetinha (RS), que também levou o título em 2017, promete buscar os melhores tempos já nas primeiras corridas de sábado. “Hoje já estou analisando o desempenho das gaiolas, para entender a pista. A ideia é conseguir o melhor resultado e garantir a classificação para a final, no domingo”, planeja.

Apesar da idade, Maurício tem muita experiência. Isso porque é piloto desde a juventude, incentivado pelo pai, Roni, que já foi campeão do Brasileiro de Jeep. “Meu pai corre desde 1999 e eu o acompanho desde pivete. A oportunidade veio para mim aos 16 anos. Lembro que nas minhas duas primeiras corridas na Fenajeep não fiquei nem entre os 10 melhores pilotos. Só depois fui melhorando os resultados”, afirma.

Para ele, mais do que ter um bom carro, experiência e técnica, só um elemento é capaz de definir o campeão da Fenajeep. “O carro pode quebrar, a pista pode estar em um momento ruim. O campeão precisa contar com a sorte”, reforça.

Roni também está confirmado na Festa Nacional do Jeep, como piloto da categoria Aspirado. Ele recorda que a filha Patrícia também já esteve envolvida na competição e foi, inclusive, campeã Sul-brasileira. “Mas ela não corre mais. Ver meus filhos na pista é sentir uma adrenalina muito maior. É engraçado quando largo ao lado do Maurício porque minha esposa não sabe para quem torcer”, diz Roni, entre risos.