A disputa dos Jogos Comunitários de Guabiruba teve um momento especial na última quarta-feira (15). As finais do torneio de sinuca em dupla foram marcadas por um pódio diferente e bastante peculiar. Do Lageado Baixo, Nildo Tenório, Zé Gaz e Joas Polheim foram os campeões. Até aí nada demais, não fosse as duplas que brigaram pelo pódio e vieram logo em sequência.
Em comum, uma situação bastante familiar, literalmente. Tanto a dupla segunda colocada, quando a que ficou com o bronze eram formados por pais e filhos que participaram juntos da disputa. Rafael Nicolleti, do Imigrante, jogou ao lado do pai, Marcos Paulo Merizio e celebrou a prata da modalidade. O bronze ficou com a dupla do Guabiruba Sul formada pelo pai Evandro Zen e o filho, Wagner Zen, de apenas 15 anos.
Segundo o pai, orgulhoso, ambos jogaram juntos já no ano passado, mas a medalha veio apenas esse ano. “Com certeza algo que ficará gravado na mente dele”, comenta Evandro, que, diferente do filho, já é bem experiente na modalidade. “Eu já venho de uma longa caminhada, sou hexacampeão do município, fora os segundos e terceiros lugares. Mas, indiferente a isso, fico feliz que nossos adversários também eram pais e filhos, pois considero mais como uma confraternização do que uma competição, independente dos resultados”, destaca.
Para a secretária de Esportes, Lazer e Assuntos para a Juventude de Guabiruba, Marcia Hochsprung Watanabe, a parceria de pais e filhos participando da competição refletem o verdadeiro sentido dos jogos. “Com certeza é um espelho para as novas gerações. Quando o incentivo vem de dentro de casa, isso fomenta ainda mais os jogos”.
Tradição em família
Se na família Zen a tradição e o gosto pela sinuca passam de geração, entre o filho Rafael Nicolleti Merizio e o pai Marcos Paulo Merizio a situação não é diferente. Vice-campeões desse ano, Rafael conta que é uma grande satisfação jogar ao lado do pai e uma honra representar o bairro Imigrantes.
Ele comenta que passou a participar da sinuca dos Comunitários ainda em 2013, mas não chegou a jogar naquele ano. Coube ao tio e ao pai representarem a comunidade. Logo no ano seguinte, Rafael já conseguiu a medalha de ouro na competição. Àquela época, no entanto, ainda não fazia dupla com o pai. Isso ocorreu pela primeira vez apenas em 2015. Desde então, foram várias medalhas, mas a dourada ainda é um sonho que ambos perseguem. “Fiquei muito feliz por termos conseguido o segundo lugar ,e triste ao mesmo tempo porque não alcançamos o primeiro. Ainda não tive o privilégio de ser campeão jogando com meu pai, mas estamos lutando para isso. Não falta força de vontade. Se Deus quiser, ano que vem chegamos lá…e, se não conseguirmos, continuaremos tentando”, destaca.
