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Brusque FC investe na base

Investir na base é fundamental para qualquer clube de futebol, principalmente para aqueles que não têm caminhões de dinheiro para gastar em contratações. É pensando nisso que o Brusque FC fez um projeto novo para a base em 2016 e já colhe resultados. O Internacional de Porto Alegre já contratou um jogador da base quadricolor e mais dois seguem para a capital gaúcha para fazerem testes. O produto dessas transições pode ser muito vantajoso para o Bruscão.

por Redação
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 Investir na base é fundamental para qualquer clube de futebol, principalmente para aqueles que não têm caminhões de dinheiro para gastar em contratações. É pensando nisso que o Brusque FC fez um projeto novo para a base em 2016 e já colhe resultados. O Internacional de Porto Alegre já contratou um jogador da base quadricolor e mais dois seguem para a capital gaúcha para fazerem testes. O produto dessas transições pode ser muito vantajoso para o Bruscão.

O vice-presidente e diretor da base do Brusque, Jonas Stange, afirma que além dos atletas indo para o Internacional, Atlético Paranaense e Grêmio também demonstram interesse na base do quadricolor.  “Existem profissionais destes três clubes direto aqui observando os nossos jogadores. Tanto no sub-17, como no sub-15, e até na Copa Acef (para atletas de até 14 anos)”.

Stange destaca que o Atlético Paranaense já fez propostas concretas por atletas do Brusque. “Existem três ou quatro jogadores entre e 13 e 14 anos que já estão acertados para irem pra lá. Só precisamos esperar um pouco, pois não é permitido que atletas tão jovens sejam alojados para atuarem em um clube”.

O lateral esquerdo Marco Antônio de 16 anos já foi transferido para o Internacional. O meio-campo Kaio Henrique, de 17, já está em Porto Alegre. Vai passar por duas semanas de avaliação e se aprovado será mais um a migrar do quadricolor para o colorado. O zagueiro João Renato, 17, já tem viagem marcada para a capital gaúcha para passar pelo mesmo processo de avaliação.

O diretor da base explica a importância dessas transações para o Brusque. “Neste momento o time não vai obter ganho financeiro. Porém, será fixado em contrato uma fatia que o Brusque vai ganhar quando os jogadores forem negociados novamente. Provavelmente entre 20% e 35%”. Além disso, a base não tem o único objetivo de gerar lucro direto. “A CBF obriga todos os clubes a inscreverem pelo menos 23 atletas em cada competição. Porém, até cinco deles não precisam do registro de profissional. Ou seja, se necessário, o time pode economizar o dinheiro de cinco contratações graças à base”.

Entretanto, lucrar e economizar ainda estão longe de serem os únicos objetivos da base do Brusque, afirma Stange. O diretor da base assumiu o cargo neste ano. “Em poucos meses de trabalho já conseguimos colocar quatro jogadores do sub-17 treinando entre os profissionais por requerimento do técnico Mauro Ovelha. O projeto para ano que vem é criar uma equipe sub-20 e continuar as revelações de jogadores. De dois a três anos as chances de alguns deles virarem profissionais é muito grande. O que queremos é que os jovens da base possam fazer parte do time titular do Brusque e não apenas comporem elenco”.

Como funciona a base do Brusque FC

O quadricolor disputa o Campeonato Catarinense sub-17 e sub-15. “Até ano passado, a Federação obrigava os clubes a disputarem o sub-17 e sub-20. Em 2016 isso mudou e resolvemos abrir mão do sub-20. Porém, a nossa equipe sub-17 tem 15 atletas nascidos em 1999. Ou seja, ano que vem todos estes serão obrigados a jogarem no sub-20 e não queremos dispensá-los, por isso o projeto é voltar com essa equipe”, explica Stange.

O Brusque tem dois alojamentos para os atletas da base. Um deles tem 26 jogadores e o outro tem 12. “No ano passado ainda não contávamos com o menor. Além disso, reformamos o alojamento maior, que além de 26 vagas fixas ainda conta com três temporárias para os jovens que vierem fazer testes no clube”, acrescenta Stange.

Além do sub-17 e do sub-15, o Brusque conta com o time que disputa a Copa Acef, para atletas ainda mais jovens. ”Nesta categoria todos os jogadores são da região, pois não é possível alojar menores de 14 anos”, elucida Stange. A equipe da Copa Acef treina dois dias por semana e as outras trabalham diariamente.

Para os alojados, além de teto, treinamento e alimentação, o quadricolor fornece educação. “Esse ano virou regra da Federação Catarinense os clubes apresentarem atestado de frequência e boletim de notas dos atletas da base. Porém, para o Brusque isso não mudou nada. O time já fazia este trabalho antes”, diz Stange.

O próximo passo do time é acertar uma parceria com a Unifebe para dar total apoio para a educação dos jovens atletas. “É certo que vai acontecer, ainda não sabemos quando, provavelmente em uma ou duas semanas”, calcula o diretor da base. “Nós estamos analisando o boletim de todos os jogadores. Vamos ver onde cada um deles tem dificuldade e dar um reforço naquelas matérias específicas. A Unifebe também vai nos conceder profissionais de psicologia, alguns dos nossos garotos tiveram vidas muito difíceis e precisam deste apoio. O nosso objetivo não é formar apenas atletas, é formar cidadãos e prepará-los para a vida. Até porque nem todos se tornarão jogadores profissionais”, complementa.

Para fomentar a base, o Brusque ainda faz parcerias com alguns clubes. Carlos Renaux e Santos Dumont são dois exemplos entre demais times que são de outras regiões. “Também estamos conversando com o Guarani para trazer os melhores atletas do futsal sub-14 para jogarem futebol de campo no Brusque”, conta Stange.