Home Corrida Casal de Guabiruba realiza sonho ao participar de ultramaratona em Porto União

Casal de Guabiruba realiza sonho ao participar de ultramaratona em Porto União

Gracielli e Márcio Demétrio correram por 12 horas consecutivas

por Sidney Silva
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O casal guabirubense Gracielli e Márcio Demétrio viveram uma experiência especial no último fim de semana. Eles participaram da 1ª Ultramaratona Noturna realizada no município do Planalto Norte Catarinense. A prova teve duração de 12 horas.

Foram horas e horas correndo a fio, desafiando limites, em meio a uma sensação única de dever cumprido, conforme conta Gracielli. “O que vivi sábado (17) foi algo que nunca tinha vivido”, afirma. Ainda em êxtase pelo feito, ela comemora o fato de ter conseguido correr quase 90 quilômetros. “Já participei de muitas maratonas, que são cerca de 42 quilômetros, e fiz percursos longos em treinos, como quando sai com meu marido de Guabiruba e fomos até a praia de Gravatá, que são 65 quilômetros, mas foi a primeira vez que participamos de uma prova dessa magnitude”, diz.

Gracielli fez exatos 88,4 quilômetros, enquanto o marido percorreu 71,4. “A aprova me mostrou o quanto sou forte. Levo para a vida, como exemplo, para não desistir. Penso que, se consegui vencer lá, posso vencer aqui também. A gente percebe que é muito mais forte do que imagina. Se podemos sonhar, podemos realizar”, comemora.

“Jamais imaginei que ficaria 12 horas em atividade. Teve um momento, das 4h até umas 5h30, que foi uma luta muito grande, porque já estava há mais de sete horas de atividade, corpo cansado e ainda faltava muito tempo. Quando clareou o dia e começou a ficar mais leve, o ânimo voltou. Nesse período, das 4h às 5h30, eu realmente caminhei, mas meu objetivo era não parar. Depois, nas ultimas três horas, voltei a correr, e no fim superei minhas expectativas com esse segundo lugar geral feminino”

Gracielli Demétrio, ultramaratonista

A prova

 A 1ª Ultramaratona 12 Horas Noturna de Porto União iniciou às 21h de sábado (17) à noite e terminou às 9h do domingo (18). Para tornar o desafio ainda maior, a corrida disputada por Gracielli e Márcio ocorreu em um circuito fechado, com extensão de 1700 metros, o que fazia com que todos os corredores se cruzassem a todo instante. “É uma prova por tempo e diferente de outras provas, em que todo mundo sai na frente, ali o desafio é você fazer a maior quantidade de voltas dentro dessas 12 horas. Você em todo momento está em contato com outros corredores, passando e sendo ultrapassado por eles”, explica. “Cada um fazia a sua estratégia. Eu sempre gostei mais de correr grandes percursos, do que correr rápido, o desafio da distância sempre me atraiu mais do que o do tempo. No meu caso, foram 52 voltas no percurso”, afirma. O desempenho rendeu a Gracielli a segunda colocação geral feminino, feito que deu ainda mais brilho à superação da atleta. “Eu jamais imaginava. Foi uma grande surpresa. E meu esposo ainda foi segundo colocado dentro da faixa etária dele “, conta.

Gracielli destaca que não vê a hora de sentir novamente uma experiência parecida, bem diferente do que imaginava enquanto realizava a corrida. “Jamais imaginei que ficaria 12 horas em atividade. Teve um momento, das 4h até umas 5h30, que foi uma luta muito grande, porque já estava há mais de sete horas de atividade, corpo cansado e ainda faltava muito tempo”, relata. “Quando clareou o dia e começou a ficar mais leve, o ânimo voltou. Nesse período, das 4h às 5h30, eu realmente caminhei, mas meu objetivo era não parar. Depois, nas ultimas três horas, voltei a correr, e no fim superei minhas expectativas com esse segundo lugar geral feminino”, comemora.

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A guabirubense e o marido já correm desde 2017. Ela explica que já previa participar da prova em outubro do ano passado, mas a corrida foi adiada em razão das chuvas que afetaram diversos municípios catarinenses na época. Quase seis meses depois e em meio ao Verão, o desafio se tornou ainda maior, mas ela destacou que a preparação para o bom desempenho foi fundamental. “Nosso treinador Ramiro foi muito cirúrgico no nosso ciclo de preparação, em uma época bem difícil para gente, pois trabalho com uniforme escolar. E isso foi muito importante para que a gente pudesse se preparar a altura para essa prova”, finaliza.