Coluna Saúde do Atleta – Por: Volnei Corrêa da Silva
As modalidades esportivas, sejam elas individuais ou coletivas, apresentam características específicas da composição corporal que deixará o atleta com uma maior chance de melhor rendimento em comparação com seus pares.
Nas modalidades coletivas há modelo corporal ideal para cada função do atleta na equipe. Podemos citar como exemplo, no futebol, os goleiros e zagueiros são, habitualmente, mais altos que os demais jogadores das outras posições.
Outro exempo é o ciclismo onde o escalador é mais magro e o sprintista mais pesado com um peso de massa magra maior, fazendo com que cada um tenha um desempenho melhor de acordo com a característica do trajeto da prova .
Mesmo durante o ano esportivo os atletas apresentam alterações na composição corporal com possibilidade de aumento da porcentagem de gordura durante o período de descanso e fora da temporada.
Nestes aspectos a nutrição é um dos pilares do controle da composição corporal. A estratégia do plano nutricional deve ser realizada para cada situação que o atleta se encontra, sendo necessária reformulação a cada situação que possa mudar a característica da composição corporal.
Mensurar a composição corporal é extremamente importante para avaliar estas mudanças que ocorrem. Ela pode ser obtida pelo controle do peso corporal de maneira rotineira, avaliação antropométrica (medida das dobras), bioimpedância e também o DEXA.
Com estes conhecimentos tem se formado atletas especialistas em determinadas funções, fazendo com que os cuidados nutricionais sejam guiados pela especificidade e individualidade de cada um, não esquecendo do coletivo quando em esportes não individuais.
O peso corporal por si só não é tudo. Há necessidade de se confrontar a porcentagem massa magra e gorda. Controlar o peso é importante, mas, não deve ser algo que gere ansiedade ou estresse que possa levar a um transtorno de comportamento.
Especialista em Cirurgia do Joelho em Lyon/França e Médico de Equipe pelo Futbol Club Barcelona, Volnei Corrêa da Silva tem 51 anos e é natural de Ibirubá (RS). Desde 1997 mora em Lages. Atualmente é médico do Leoas da Serra, time de Futsal Feminino de Lages, e também médico da Seleção Brasileira de Futsal Feminino. Professor do curso de Medicina na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Volnei também atua na CLINITRAUMA Ortopedia e Traumatologia, em Lages.