O entrevistado do EsporteSC TV desta terça-feira (9) foi o coordenador da escola de futebol da Sociedade Beneficente e Recreativa Santos Dumont, Andreone Reis. Na conversa, o dirigente falou sobre as adaptações dos treinamentos das categorias de base em meio à pandemia do coronavírus e sobre o futuro das competições do segundo semestre de 2020.
Por amor ao esporte, Reis conta que sua ligação com o clube vem desde criança. Com o incentivo do pai, que defendia o time do bairro Santa Terezinha, o coordenador participou da escolinha de base. Mesmo após se desligar do grupo como atleta, auxiliava o time como uma segunda profissão. Dessa forma, em 2013 passou a coordenar as categorias de base e ter o esporte que tanto ama, como sua principal profissão. “É um orgulho, uma paixão que tenho pelo meu trabalho”, comenta.
Com uma trajetória de 20 anos com o clube, Reis também atua pelo time no Campeonato Amador de Brusque, como técnico. Um dos pontos levantados pelo coordenador é em relação aos jogadores que defendem a sociedade nesta competição. De acordo com treinador, assim como ele, muitos atletas já passaram pelas categorias de base do Santos Dumont e ainda hoje disputam a taça do torneio pelo clube.
Prova do bom desempenho que a escolinha de futebol apresenta, é com a participação em competições nacionais e até mesmo internacionais. De acordo com Reis, o grupo está em um cenário muito visível e de grande referência. “É uma das partes em que o clube mais investe, com professores, com a estrutura que temos para trabalhar e isso favorece muito. Hoje estamos em competições assim todo ano, disputando de quatro a cinco campeonatos e até mesmo representado o Brusque FC no Campeonato Catarinense”, observa ele, que lembra que o goleiro Eduardo Jacobi, hoje no clube quadricolor, foi um dos atletas que surgiu da base do clube.
Atualmente, a escolinha atende crianças de 4 a 15 anos. Em cada categoria, um professor desenvolve atividades específicas de acordo com a faixa-etária da criança. Como forma de reformular a organização dos exercícios, após a paralisação, o clube buscou inovar em sua metodologia de trabalho. Segundo Reis, a sociedade trabalha com o projeto em duas frentes: a social e a de rendimento. Desta forma, quando a família procurar o clube, saberá para onde a criança será direcionada. “Hoje o Santos Dumont tem condições de fazer as duas partes, pois ele tem estrutura, participa de competições fortes, formando equipes competitivas. Então temos que nos preparar para atender esse público”, revela.
Mesmo com a readaptação após o retorno, o time inda não está trabalhando com 100% do público. Depois de 55 dias de atividades através de vídeo conferências, inclusive com palestras de jogadores do Bruscão, o clube atendeu as medidas de segurança exigidas pelos órgãos de saúde, para tornar a volta segura com orientações aos funcionários, atletas e pais.
Reis ressalta a importância do trabalho desenvolvido pelo clube. De acordo com ele, atletas que já fizeram parte do grupo, hoje jogam em clubes brasileiros, como Figueirense, Avaí e Internacional, e até mesmo em times de fora do Brasil, como em Portugal. “Temos que continuar a dar a oportunidade para eles continuarem a sonhar em serem jogadores de futebol”, finaliza.