Vantuir Rech é jornalista esportivo e acompanhou o Inter de Lages desde a última divisão do estado até a elite do futebol catarinense e competições nacionais. O repórter fala das dificuldades e de fatos inusitados que só aconteciam na Série C do Campeonato Catarinense.
O jornalista diz que o Inter o proporcionou coisas maravilhosas na carreira como repórter, como conhecer estádios pelo Brasil todo. “Estádios em São Paulo, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul, entre outros. Na Série D tive a oportunidade de estar junto, por isso falo da importância de temos um clube até porque o Inter disputou a Copa do Brasil, perdeu em casa e ganhou fora, mas tinha chances de ir para a segunda fase. Olha onde já esteve o Internacional, esteve também quase nas oitavas da Série D, lembro que foram jogos muito importantes que o Inter fez”, relembra o repórter.
Carona ao técnico do time adversário
Na terceira divisão acontecia muitas situações incomuns, Vantuir conta que na época que era repórter da Rádio Clube, estava indo para uma transmissão em Indaial, Maga o time local enfrentaria o Inter de Lages. A caminho do estádio, o jornalista parou com os companheiros de transmissão para fazer um lanche e encontraram o técnico e presidente do clube caminhando até o estádio para o confronto. “Estávamos chegando no estádio e fomos fazer um lanche, quando terminamos encontramos indo para o estádio a pé, o presidente do clube. Ele era o presidente e o técnico, os atletas já estavam o esperando e ele indo a pé”, relata Vantuir.
Então o jornalista deu uma carona ao técnico do time adversário até o local da partida. “Demos uma carona para ele até o estádio, essa é uma das coisas que aconteceram durante o percurso do Internacional na dolorosa terceira divisão”, conta o repórter.
Martinho Bin disputou a ‘dolorosa terceira divisão’ como diz Vantuir, ao auge de seus 56 anos, Bin também participou do “Minha história com o Inter de Lages” no EsporteSC Lages.
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Caso de polícia
Na saga do Inter nas divisões inferiores, os bastidores do clube eram quentes. Vantuir conta que em uma partida do colorado em Palhoça, contra o Guarani, alguns jornalistas foram conversar com os diretores colorados e o “soco pegou”, segundo ele. “Não vou citar nomes para preservar, mas é um fato verídico, eles foram conversar, tirar satisfação com o pessoal da diretoria do Inter e acabou que virou uma briga generalizada, deu boletim de ocorrência, os diretores do Inter foram para a delegacia em Palhoça, o pessoal da imprensa que estava acompanhando também foram dar esclarecimento, isso é o Internacional…”, relembra Vantuir.
Falta de ambulância e cabine para a transmissão
O jornalista relata que a falta de ambulâncias era o principal problema da terceira divisão. “Esse era o maior problema da terceira divisão muitas vezes não ia o ofício para a secretaria da saúde ou para os órgãos responsáveis, aí o jogo ficava parado até chegar a ambulância”, relata.
O repórter comenta que em uma partida o estádio não tinha cabines de transmissão, então o narrador, Élcio José teve que narrar o jogo em cima de uma marquise. “Na terceira divisão teve um jogo em Camboriú, não me recordo contra quem, na partida não tinha ambulância, o que atrasou o jogo, no estádio não tinha cabine para a imprensa e na ocasião o narrador teve que ficar em cima de uma marquise para poder acompanhar o jogo”, conta.
Importância do Internacional
Vantuir fala da importância de ter um time como o Inter de Lages na cidade, diz que o município deve ajudar o clube a crescer novamente. “É importante ter o Internacional vivo com um time competitivo, claro que não podemos ter torcedores, mas temos empresários que podem ajudar de alguma forma ou de outra, o próprio torcedor pode ajudar também com contribuição, assistindo ao jogo, por isso falo da importância do clube para que possa voltar a rugir alto em Santa Catarina porque o Inter sempre foi respeitado, quando jogava em Florianópolis, Criciúma por onde passou foi respeitado e quando jogava fora também”, finaliza o repórter.
