Coluna Saúde do Atleta – Por: Volnei Corrêa da Silva
No período de temporada, onde os treinos e competições são constantes, o gasto energético aumenta significativamente. Alterna momentos de gasto muito maior, em períodos de treino intenso e competição, em detrimento a períodos do treino de baixa intensidade ou descanso.
É importante conhecer a estimativa deste gasto, em cada período, para avaliar se está sendo supridas as necessidades calóricas do atleta. Isto é fundamental nos momentos que o atleta se encontra com sinais de fadiga, perda de peso, alterações imunológicas e hormonais. Esses sintomas podem estar relacionados com uma baixa disponibilidade energética.
Em esportes coletivos devemos traçar objetivos comuns, mas sem esquecer dos objetivos individuais de cada atleta. O controle do peso corporal é uma das maneiras, sem dúvida a mais fácil, de se avaliar o equilíbrio entre a ingestão energética e o que se gasta.
Há necessidade de termos uma atenção especial à alguns grupos de atletas que estão em risco quando de um fornecimento energético cotidianamente insuficiente. Neste grupo, que necessitam atenção especial, encontramos os atletas infanto-juvenis que estão em fase de crescimento e também todas as atletas mulheres.
As dietas restritivas estão sendo utilizadas com frequência pelos atletas de modo geral e estas restrições alimentares/energéticas podem levar a perigo de transtornos de saúde.
Vemos que poucos atletas tem uma preocupação com este balanço entre gasto x consumo energético. Mas mais que ser uma simples conta, há necessidade de uma qualidade na alimentação fazendo com que haja reposição dos micronutrientes necessários para um melhor desempenho na realização da atividade esportiva.
Numa comparação, um combustível de excelente qualidade sem dúvida proporcionará um melhor desempenho do carro. Já um de má qualidade levará a um desempenho inadequado podendo levar a uma pane do motor. Uma alimentação adequada levará a um desempenho esportivo ideal para buscar os objetivos que o atleta ou equipe tem para a temporada. Vejo que a alimentação fica, em muitos casos, num segundo plano, para não dizer terceiro ou quarto, em atletas e nas equipes de rendimento.
Especialista em Cirurgia do Joelho em Lyon/França e Médico de Equipe pelo Futbol Club Barcelona, Volnei Corrêa da Silva tem 51 anos e é natural de Ibirubá (RS). Desde 1997 mora em Lages. Atualmente é médico do Leoas da Serra, time de Futsal Feminino de Lages, e também médico da Seleção Brasileira de Futsal Feminino. Professor do curso de Medicina na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Volnei também atua na CLINITRAUMA Ortopedia e Traumatologia, em Lages.