Torcedores do Brusque FC encaminharam vídeos e enviaram fotos ao EsporteSC reclamando de superlotação no estádio Augusto Bauer no duelo deste domingo (27), diante do Concórdia, pelas semifinais do Campeonato Catarinense. Na ocasião, o Marreco venceu por 1 a 0 e garantiu presença na decisão do Estadual.
As principais reclamações ocorreram no setor coberto, o mais caro do estádio. Muitos alegaram que precisaram sentar nas escadas ou se espremeram em outros locais para poderem acompanhar a partida. “Cheguei 20 minutos antes do jogo começar e tivemos que ficar na escada, atrapalhando fluxo porque as cadeiras estavam todas lotadas”, reclamou um torcedor. “Para final é algo que tem que ser revisto. Você paga R$ 50 para ficar sentado na escada, no meu caso R$ 100 porque fui com a minha esposa. Tem que melhorar e vender apenas a quantidade que comporta o estádio. Não adianta meter todo mundo lá dentro e ficar uma bagunça”.
Cabe ressaltar que em vários momentos do jogo o próprio sistema de som do estádio pedia para os torcedores não ocuparem as escadas. Obviamente o pedido não foi atendido pela falta de espaço.
Veja o que diz o Brusque
Procurado pela reportagem de EsporteSC, o diretor de marketing do Brusque FC, Jonas Stange, diz que o clube tem ciência da situação. O dirigente do Marreco afirma que havia, pelo menos, 100 pessoas a mais no setor das cadeiras e que o clube vai rever todo o protocolo para acesso ao local. “Fizemos uma reunião essa semana e foi proibido subir para as cadeiras sem a pulseira. Deixamos 10 pulseiras com o responsável da segurança, para caso ocorresse algo específico e fosse necessário ele resolveria. Mas percebemos que deveria ter mais de 100 pessoas neste caso”, comenta.
Stange não descarta, inclusive, uma possível falsificação de ingressos, além de falhas no sistema de controle de acesso dos torcedores. “Vamos averiguar se está tendo falsificação da pulseirinha e já vamos mudar para sábado, com uma pulseira diferente. Queremos identificar se está havendo alguma falsificação ou até mesmo se torcedores não estão fixando a pulseira e repassando para outros subir”, afirma. “Vamos tentar entender essa situação, porque não podia subir e nenhum diretor colocou pessoas além, e identificamos essa superlotação, com todas as escadas cheias”, completa o dirigente.
Segundo ele, a diretoria do Brusque deve discutir a situação em reunião no fim da tarde desta segunda-feira (28). O diretor adianta que o clube deve colocar uma capacidade menor de ingressos (em relação a capacidade total do estádio) para a decisão deste sábado, a fim de evitar novos transtornos. “Tem alguma coisa que está fugindo do nosso controle e temos que identificar”, finaliza.