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Brucicle no Desafio da Serra do Rio do Rastro

Dia 06 de março a cidade de Lauro Müller sediará o 6º Desafio Serra do Rio do Rastro. Com largada em frente a Escola Visconde de Taunay (Rua Orleans), a partir das 6h40. Mais de 1,5 mil ciclistas estarão desafiando os seus limites físicos para chegar no alto da Serra, numa das estradas mais bonitas do mundo. A equipe da BRUCICLE estará presente com 16 atletas, onde as maiores esperanças de vitória ficam reservadas para o jovem Ruan Sant’Ana Guillen, exímio escalador que disputará a Categoria Júnior.

por Sidney Silva
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Dia 06 de março a cidade de Lauro Müller sediará o 6º Desafio Serra do Rio do Rastro. Com largada em frente a Escola Visconde de Taunay (Rua Orleans), a partir das 6h40. Mais de 1,5 mil ciclistas estarão desafiando os seus limites físicos para chegar no alto da Serra, numa das estradas mais bonitas do mundo. A equipe da BRUCICLE estará presente com 16 atletas, onde as maiores esperanças de vitória ficam reservadas para o jovem Ruan Sant’Ana Guillen, exímio escalador que disputará a Categoria Júnior. A beleza do local associada à dificuldade do percurso, atrai ciclistas de todo o país, tornando esta competição uma das mais populares do Brasil.

Confira a Programação do Evento:

DIA – 05 de março (sáb)
HORA –10h/17h– Retirada de Kits
HORA –15h – Palestra com Luciano Pagliarini
HORA –17h – Palestra com Mauro Ribeiro

O Ciclista Mauro: tricampeão paranaense, campeão brasileiro adulto e júnior, campeão panamericano 81/82 júnior, campeão mundial 1982, bronze nos 4000m por equipe nos Jogos Panamericanos de Caracas (1983), bronze nos 4000m por equipe nos Jogos Panamericanos de Mar Del Plata (1996), campeão da 9ª etapa do Tour de France 1991, Campeão da 7ª etapa Paris Nice 1991, campeão Midi Libre 1990 e mais de 16 vitórias no circuito profissional.

Equipes: Cicles Romeo (1980 e 1981), Cicles Cascatinha (1982 e 1983), Caloi (1984), ACBB – França (1985), RMO (equipe profissional francesa entre 1986 a 1992), Chazal (atual AG2R, em 1993 e 1994).

DIA – 6 de março (dom)
Hora – 6h40 – Largada Categorias Feminino, Tandem DV, Fixas e Veterano Masculino (Mountain Bike e Estrada)
HORA – 6h50 – Largada Categorias Masculina (bicicletas Mountain Bike)
HORA – 7h – Largada Categorias Masculina (bicicletas Estrada).

A Serra do Rio do Rastro é considerada a Estrada mais espetacular do Mundo. A Serra sempre reserva surpresas a todos. Podemos largar em Lauro Müller com a temperatura de 30º C e chegar no alto com a temperatura de 10º C. Acesse a previsão.

História e superação (Clique aqui para ver à Serra ao vivo)

No ano de 1942 iniciou em Bom Jardim da Serra uma história de trabalho e dedicação de uma personalidade marcante e indispensável para o desenvolvimento da Serra Catarinense chamado de Tobias Gonçalves Padilha  “O Estafeta” da Serra do Rio do Rastro.

Nascido em Bom Jardim da Serra no ano de 1915, Tobias Gonçalves Padilha, conhecido também por seu Aristides, desbravou a Serra do Rio do Rastro e contribuiu muito para o desenvolvimento desta região. Trabalhou como o Mensageiro da Montanha, enfrentando todos os riscos e aventuras que a serra lhe proporcionava.

Conta seu Tobias que havia muitas dificuldades em realizar o seu trabalho, sua vestimenta era a bota, a capa campeira e o uniforme do correio amarelo, semelhante aos usados nos dias de hoje. Levava em torno de um dia para buscar as mulas na localidade de Barrinha, para viajar no dia seguinte. A cada 5 dias ele descia a serra, em torno de 10 horas da manhã e chegava em seu destino somente às 19 horas. Utilizava apenas duas mulas para lhe acompanhar em sua incansável tarefa. 

A sua viagem era solitária. Levava seu lanche e fazia uma parada para sestear e esquentar o peito com uma típica cachaça na localidade de Cerro Pelado. Em seu trajeto encontrava algumas tropas de gado e porcos que levavam charque e queijo para as regiões litorâneas e sentido São Paulo, precisamente para Sorocaba, de onde traziam diversos mantimentos para o alto da serra, como açúcar, farinha e tecidos. Em suas descidas e subidas era comum utilizar um desvio pela Serra do Oratório, o qual facilitava o seu percurso de acordo com o tempo. 

O tempo bom era um fator determinante para o bom andamento de sua atividade, Seu Tobias enfrentou muitas tempestades, ventos fortíssimos, neve e a perigosa serração que na maioria das vezes dificultava muito, pois não enxergava nada e tinha que guiar-se somente pelas pedras da estrada. Em sua trajetória existia muito pouco moradores, apenas dois comércios no “doze” o que complicava muito em dias de tempestades. Conta ele que por três vezes foi impedido de subir por causa de enchente embaixo da serra. Seu Tobias pernoitava na casa de um amigo chamado Chico Leandro, e suas mulas ficavam em um terreno do Seu Chico também, próximo a caixa de carvão. 

Em seu relato ele diz que chegou a subir com 60 malas, as quais entregava para o Sr. Juventino José Velho, que era quem levava as correspondências até o Município de São Joaquim. Um fato interessante em uma de suas viagens, onde encontrou uma sortista (cigana) que lhe falou que no final de sua vida, Seu Tobias teria melhores condições e todo o sofrimento daquela época ficaria para contar para seus netos. Conta também que não sente saudades da época, pois passava muito trabalho, quase chegou a desistir, mas ai veio uma promoção o chamado “guarda fios,” enfim, questionamos o que mais lhe fez feliz e o Sr. Tobias respondeu sem pestanejar, com toda certeza foi ser abençoado com meu casamento, minha esposa foi à fortaleza quando eu mais precisei, serei eternamente grato a minha amada.

Cidades-sedes:

Laüro Müller

A cidade de Lauro Müller, até o ano de 1905, recebeu vários nomes: Bom Retiro, Arraial da Mina e Mina dos Ingleses, esta última, comumente, chamada de Minas. Em 25 de setembro de 1905, passou a chamar-se Lauro Müller em homenagem ao catarinense Dr. Lauro Severiano Müller, que foi quatro vezes governador do Estado de Santa Catarina, senador, deputado federal, embaixador, ministro da Indústria, Viação, Obras Públicas e das Relações Exteriores. 

O município foi instalado em 20 de janeiro 1957. Sua economia está ligada de maneira forte e direta à exploração de carvão, também possuem empresas no ramo avícola, bebidas, transportes, madeiras, frigorífico e grande presença na agricultura e no comércio em geral. Tem uma natureza muito rica, comuma vegetação muito bonita e muitos animais silvestres, além, da magnífica Serra do Rio do Rastro. A beleza dos cânions da Serra Geral, as cachoeiras, os rios, os vales, as montanhas e o clima das estações, inclusive a neve, são paisagens de rara beleza. 

Destaca-se também por seus recursos culturais, históricos e técnico científicos como a religião, a música, a arquitetura antiga, a coluna Whitte, as crenças, os sítios arqueológicos e a colonização, baseada na história do carvão, dos tropeiros e dos imigrantes italianos. A produção de vinho, cachaça, melado, açúcar mascavo, leite e seus derivados, a carne suína, artesanato, o pão colonial e tantas outras atividades do meio rural, tornam-se ricos atrativos para quem busca a paz, o sossego do interior e a harmonia com a natureza. Alternativas culturais como o Museu do Carvão anexo à 1ª Mina de Carvão do Brasil, são potenciais atrações que no futuro serão encontradas em Lauro Muller.

Bom Jardim da Serra

O povoado da região onde hoje é o município de Bom Jardim da Serra iniciou-se com a vinda de algumas famílias do Rio Grande do Sul, em 1870, entre as quais destacam-se Manoel Pinto Ribeiro com seus dois filhos, João e Pedro Ribeiro, gaúchos de Dom Pedrito, que fixaram residência na Fazenda Pelotas. 

A história do município cita também as famílias de Felipe Borges, Francisco Machado, José Caetano do Amaral, os Vieiras e os Rodrigues. Estas famílias abriram uma trilha na Serra Geral, para possibilitar a passagem de pedestres e cavaleiros com suas tropas e mulas a fim de realizarem a troca de mercadorias no litoral, mais precisamente em Laguna. Esta trilha foi denominada “Serra do Doze”, passando posteriormente a chamar-se “Serra do Rio do Rastro”. 

As principais mercadorias que comercializavam era o charque, couro, queijo e o pinhão, que trocavam por sal, açúcar farinha e tecidos.O povoado foi fundado em 1905 e erguida uma capela em homenagem à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No mesmo ano foi construída uma escola, tendo como primeiro professor Adolfo José Martins. O povoado passou à categoria de Vila em 1921,

com o nome de “Cambajuva”. Bom Jardim da Serra originou-se pelas belezas naturais do município e de uma imensa mata de araucária existente próximo à cidade. Os moradores chamavam e admiravam como um grande jardim. Como fica a 11 km da Cordilheira da Serra Geral, associa-se este jardim com a serra, formando o então nome de Bom Jardim Da Serra.

Alguns madeireiros que se dedicavam à extração da araucária, nas décadas de 40 e 50, instalaram um cabo aéreo, semelhante a um elevador nas proximidades da Serra do Rio do Rastro para descerem toda a produção e estas eram transportadas para o seu destino, geralmente Porto Alegre. O município de Bom Jardim da Serra foi criado em 29 de janeiro de 1967, ocorrendo sua instalação oficial em 05 de março do mesmo ano, sendo nomeado para Prefeito o Sr. Venâncio Borges de Carvalho.

*Com informações de Systime.